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domingo, 31 de julho de 2011

Flúor na água causa câncer

Fluoridação da água nos faz estúpidos e doentes


Um estudo recente da China concluiu que doses baixas de fluoreto de sódio na água potável diminui o QI, especialmente entre as crianças. Este é o vigésimo quarto estudo internacional do gênero com a mesma conclusão. Fluoreto de sódio também tem sido associada à redução da fertilidade e baixa contagem de esperma.

Outros problemas de saúde decorrem da função básica do fluoreto de sódio de bloquear a produção da tireóide. Era uma vez utilizado para inibir o hipertireoidismo (tireóide hiperativa). Então, se sua tireóide está normal, será reduzida para hipotireoidismo (tireóide sub-ativa), o que leva a uma infinidade de problemas de saúde.

O fluoreto de sódio é acumulado e armazenado pela matéria óssea, deslocando o cálcio e enfraquecendo os ossos. A glândula pineal suga ainda mais o material que está sendo posto em 70% do abastecimento de água nos EUA enquanto a investigação científica independente e protesto público é desconsiderado.

 
 

Fluoreto da água de torneira 'causa câncer'


O flúor na água da torneira pode causar câncer ósseo em meninos, um novo perturbador estudo indica, embora não haja evidência de uma ligação para as meninas. Uma nova pesquisa americana sugere que os meninos expostos ao flúor entre as idades de cinco e 10 vão sofrer um aumento da percentagem de osteosarcoma - câncer nos ossos - entre as idades de 10 e 19.

No Brasil, assim como em outros países, o flúor é adicionado à água da torneira, no conselho de entidades como a Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE). O Departamento de Saúde afirma que é uma medida de saúde pública que ajuda a prevenir a cárie dentária em crianças.
http://www.guardian.co.uk/society/2005/jun/12/medicineandhealth.genderissues

A cura e o tempo

- Por Frank -
 
Eu fiquei muito doente, tão doente que achei que ia morrer.
Febre, dores pelo corpo, manchas na pele e uma série de sintomas estranhos. E nenhum médico conseguiu descobrir o que eu tinha. Exames mostravam que eu estava bem internamente, talvez fosse um mal psicossomático. Alguns amigos me aconselharam a buscar um psicólogo, outros tantos que eu tomasse um passe, reiki, ou johrei.
Tomei passes, engoli antibióticos, fiz tudo o que pude, até que uma noite, em meio às dores, orei por uma intervenção, pois talvez, alguém, em algum lugar, pudesse me ajudar, me curar. Sei lá... Dormi pensando nisso e, para a minha surpresa, depois de uma noite de sono bem profundo, acordei melhor.
Talvez tenha sido o passe, ou o remédio. Talvez os dois, ou nenhum. Continuei bem. Voltei no médico. Aparentemente, tudo estava muito bem. Eu estava curado.
Não pensei muito nisso, continuei com as minhas coisas, minha rotina.
O tempo passou, meses e anos. Fiz muitas coisas da vida. Uma delas foi voltar-me mais para a espiritualidade, estudar essas coisas que ocorrem entre o Céu e a Terra. Assisti palestras, fiz cursos e acabei criando um grupo de estudos desses assuntos. As nossas reuniões ocorriam todas as segundas-feiras, líamos alguns textos com mensagens bacanas, discutíamos os assuntos lidos, orávamos e pedíamos que pudéssemos canalizar as mais sutis energias e enviá-las aos mais necessitados.
Um dia, durante um de nossos encontros, tudo ocorreu conforme o esperado, até o momento em que senti que deveria canalizar a energia curativa em direção a alguém específico. Em minha tela mental, vi esse homem que parecia bem familiar. Ele estava bem doente e dormia profundamente.
Não pensei duas vezes e deixei as energias fluírem em sua direção...
Então, vi esse homem recebendo minhas vibrações e melhorando, e aquilo me encheu de alegria e satisfação. Daí, eu o vi, nitidamente, abrindo os olhos e se dando conta de que melhorara durante o sono.
Porém, vi muito mais do que eu esperava, pois, quanto mais eu observava a cena, mais percebia que aquele homem a quem eu mandava as vibrações curativas se parecia comigo. Até que não tive dúvidas: eu estava canalizando aquela energia de cura para mim mesmo...
Como isso era possível?
Se tudo aquilo era realmente verdade, eu estava não só curando a mim mesmo, à distância, mas, também, além dos limites do tempo. De acordo com a minha visão, no passado, eu tinha sido curado espiritualmente por alguém que somente faria isso dali há alguns anos, e esse alguém era eu mesmo...
Procurei na literatura espiritualista algum artigo ou livro que pudesse me explicar se aquilo era possível, mas nada achei. Contudo, sei o que senti, acredito no que vi e sei que, mesmo que eu nunca tenha uma explicação plausível ou um entendimento do que ocorreu, tenho certeza de que o Tempo de Deus não é igual ao Tempo dos Homens e, talvez, no intervalo entre segundos, muita coisa possa acontecer em nosso mundo.
 
São Paulo, 09 de dezembro de 2010.
- Por Frank -
 
Eu fiquei muito doente, tão doente que achei que ia morrer.
Febre, dores pelo corpo, manchas na pele e uma série de sintomas estranhos. E nenhum médico conseguiu descobrir o que eu tinha. Exames mostravam que eu estava bem internamente, talvez fosse um mal psicossomático. Alguns amigos me aconselharam a buscar um psicólogo, outros tantos que eu tomasse um passe, reiki, ou johrei.
Tomei passes, engoli antibióticos, fiz tudo o que pude, até que uma noite, em meio às dores, orei por uma intervenção, pois talvez, alguém, em algum lugar, pudesse me ajudar, me curar. Sei lá... Dormi pensando nisso e, para a minha surpresa, depois de uma noite de sono bem profundo, acordei melhor.
Talvez tenha sido o passe, ou o remédio. Talvez os dois, ou nenhum. Continuei bem. Voltei no médico. Aparentemente, tudo estava muito bem. Eu estava curado.
Não pensei muito nisso, continuei com as minhas coisas, minha rotina.
O tempo passou, meses e anos. Fiz muitas coisas da vida. Uma delas foi voltar-me mais para a espiritualidade, estudar essas coisas que ocorrem entre o Céu e a Terra. Assisti palestras, fiz cursos e acabei criando um grupo de estudos desses assuntos. As nossas reuniões ocorriam todas as segundas-feiras, líamos alguns textos com mensagens bacanas, discutíamos os assuntos lidos, orávamos e pedíamos que pudéssemos canalizar as mais sutis energias e enviá-las aos mais necessitados.
Um dia, durante um de nossos encontros, tudo ocorreu conforme o esperado, até o momento em que senti que deveria canalizar a energia curativa em direção a alguém específico. Em minha tela mental, vi esse homem que parecia bem familiar. Ele estava bem doente e dormia profundamente.
Não pensei duas vezes e deixei as energias fluírem em sua direção...
Então, vi esse homem recebendo minhas vibrações e melhorando, e aquilo me encheu de alegria e satisfação. Daí, eu o vi, nitidamente, abrindo os olhos e se dando conta de que melhorara durante o sono.
Porém, vi muito mais do que eu esperava, pois, quanto mais eu observava a cena, mais percebia que aquele homem a quem eu mandava as vibrações curativas se parecia comigo. Até que não tive dúvidas: eu estava canalizando aquela energia de cura para mim mesmo...
Como isso era possível?
Se tudo aquilo era realmente verdade, eu estava não só curando a mim mesmo, à distância, mas, também, além dos limites do tempo. De acordo com a minha visão, no passado, eu tinha sido curado espiritualmente por alguém que somente faria isso dali há alguns anos, e esse alguém era eu mesmo...
Procurei na literatura espiritualista algum artigo ou livro que pudesse me explicar se aquilo era possível, mas nada achei. Contudo, sei o que senti, acredito no que vi e sei que, mesmo que eu nunca tenha uma explicação plausível ou um entendimento do que ocorreu, tenho certeza de que o Tempo de Deus não é igual ao Tempo dos Homens e, talvez, no intervalo entre segundos, muita coisa possa acontecer em nosso mundo.
 
São Paulo, 09 de dezembro de 2010.
http://cronicasdofrank.blogspot.com/

Termos e seus significados

SÂNSCRITO

Ananda - bem-aventurança; êxtase espiritual.

Atman - o espírito; o ser imperecível; a centelha vital do divino; a essência espiritual.

Avatar - emissário celeste; canal da divindade.

Boddhisattvas - são aqueles seres bondosos que estão perto de tornarem-se Budas ou Iluminados. Para facilitar a explicação, podemos dizer que eles são canais espirituais ou avatares conscientes do amor de todos os Budas.

Brahman - O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
Buda - O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de “Buddhi”, que significa “Iluminação Pura” ou “Inteligência Pura”. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um ser iluminado e desperto.

Carma - ação; causa – é a lei universal de causa e efeito - Tudo aquilo que pensamos, sentimos e fazemos são movimentações vibracionais nos planos mental, astral e físico, gerando causas que inexoravelmente apresentam seus efeitos correspondentes no universo interdimensional. Logo, obviamente não há efeito sem causa, e os efeitos procuram naturalmente as suas causas correspondentes. A isso os antigos hindus chamaram de carma.

Cármicas - toda ação gera uma reação correspondente; toda causa gera o seu efeito correspondente. A esse mecanismo universal os hindus chamaram carma. Suas repercussões na vida dos seres e seus atos podem ser denominados de consequências cármicas.

Céu do coração - essa é uma expressão iogue significando o espaço espiritual do chacra cardíaco.
Chacras - são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia - prana, chi - do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.

Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.

Darma - dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.

Gandharvas - cantores celestes; devas (divindades) da música; anjos da música. Nos Vedas, essas divindades revelam aos mortais os arcanos espirituais do Céu e da Terra.

Govinda e Gopala - são epítetos de Krishna, considerado como o “Pastorzinho divino”, que tangencia os seres na direção da Bem-Aventurança (ananda), e da consciência cósmica (o samadhi, a expansão da consciência, muitas vezes associada ao despontar da aurora dissolvendo as trevas – o ego - e fazendo a atmosfera dançar na luz).
Govinda e Gopala também são considerados como mantras de dissolução de climas psicofísicos densos. Trazem alegria e espantam as confusões e equívocos.

Gunas - a energia manifestada nos planos fenomênicos se apresenta como três gunas (qualidades), na natureza:
* Rajas - atividade, movimento, paixões. Tudo o que se refere a rajas é considerado rajásico. Exemplos: agitação, raiva, ansiedade, fundamentalismos e exageros de qualquer espécie.
* Tamas - inércia. Tudo o que se refere a tamas é considerado tamásico. Exemplos: falta de motivação, medo, ignorância e bloqueios de qualquer espécie.
* Sattva - equilíbrio, pureza. Tudo o que se refere a sattva é considerado sattvico. Exemplos: paz interior, equilíbrio emocional e energético, sentimentos elevados, lucidez, discernimento e manifestações equilibradas.
Jnana - conhecimento espiritual.

Maharaja - Grande Rei! É um dos epítetos de Krishna.

Mantra - palavra oriunda de Manas: Mente; e Tra: controle; liberação – Literalmente, significa "Controle ou liberação da mente".
Determinadas palavras evocam uma atmosfera superior que facilita a concentração da mente e a entrada em estados alterados de consciência. Os mantras são palavras dotadas de particular vibração espiritual, sintonizadas com padrões vibracionais elevados. São análogos às palavras-senhas iniciáticas que ligam os iniciados aos planos superiores.
Pode-se dizer que os mantras são as palavras de poder evocativas de energias superiores. Como as palavras são apenas a exteriorização dos pensamentos revestidos de ondas sonoras, pode-se dizer também que os mantras são expressões da própria mente sintonizada em outros planos de manifestação.

Maya - ilusão; tudo aquilo que é mutável, que está sujeito à transformação por diferenciação.

Om Mani Padme Hum - sua tradução literal é: "Salve a jóia no lótus". Esse é um mantra de evocação do boddhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses. Om é a vibração do TODO. Mani é a "Jóia espiritual que mora no coração"; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina. Padme (Lótus) é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa jóia sutil. Hum é a vibração dessa compaixão do TODO vertendo a luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o "mantra da compaixão". É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito – como se a voz mental estivesse reverberando ali –, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.

O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis – condutos sutis de transporte energético pelo sistema –, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o “Teoria dos Chacras”, do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama – publicado no Brasil pela Editora Pensamento.

Eis alguns CDs maravilhosos que contêm esse mantra:
- Laíze, com a participação de Áurio Corrá nos teclados e arranjos - CD. "OM", pela Gravadora Alquimusic – Brasil - A segunda faixa desse disco é um canto de amor e faz um bem enorme ao chacra cardíaco. É amor em forma de ondas sonoras.
- CD. "Tibetan Incantations - The Meditative Sound of Buddhist Chants", pela Gravadora Music Club, Série 50050 – England - A segunda faixa é de uma profunda alegria e melhora o humor do ouvinte. É alegria em forma de ondas sonoras. A terceira música é o mantra Om Mani Padme Hum cantado a capela pelos monges tibetanos. Esse álbum tem 74 minutos de música.
- CD. "Six-Word Mantra of Avalokitesvara - The Avalokitesvara Boddhisattva Dharma Door Vol. ll", pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2109 – E.U.A. - Esse CD foi feito por músicos chineses e direcionado para a cura de órgãos internos pelo mantra Om Mani Padme Hum. Entretanto, como a pronúncia é chinesa, o mantra fica Om Mani Pa Me Hung. Seu efeito é bem forte. Nesse trabalho, o lance é mais de energia do que de amor. É vitalidade em ondas sonoras.

- Beijing Central Juvenile Chorus - CD. "Wingsong of The Lotus World", pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2152 – E.U.A. - Esse disco é cantado por um coro juvenil chinês. Aqui o Avalokitesvara, criador do mantra Om Mani Padme Hum – representado pelos chineses na figura da Deusa da compaixão "Kuan-Yin" –, é reverenciado em um belo canto que encanta o coração do ouvinte sensível. Esse disco é paz em ondas sonoras.

- Buedi Siebert – CD. “Om Mani Padme Hum”, pela Gravadora Real Music, Série RM – 4040 – E.U.A. – Esse CD contém diversas versões do mantra Om mani Padme Hum. É excelente para momentos de prece, práticas meditativas, práticas de Ioga e momentos de inspiração e conexão espiritual.

- Fan Li-bin – CD. “Sound From the Cosmos”, pela Gravadora Wind Records, Série TCD – 2112 – E.U.A. – Nesse trabalho de fortes vibrações, Fan Li-bin, vocalista nascido em Taiwan e exímio praticante de mantras, procurou realizar uma conexão espiritual do mantra Om Mani Padme Hum com os chacras. Aqui a pronúncia do mantra é cantada como Om Ma Ni Pa Mei Hum.

- Craig Pruess – CD. “Sacred Chants of Buddha”, pela Gravadora Heaven on Earth Music, Série HOEM – 12 – England – A terceira faixa deste CD é uma versão do mantra Om Mani Padme Hum elaborada para profundo relaxamento psicofísico.

Om Tat Sat - tríplice designação de Brahman. É um mantra evocativo dos três aspectos do divino na cosmogonia hinduísta: Brahma, Vishnu e Shiva. É muito usado por vedantistas - seguidores do Vedanta -, um dos seis principais sistemas filosóficos da Índia. Pode ser usado como um mantra ativador dos chacras e também pode ocasionar estados alterados de consciência profundos durante a meditação.

Prana - sopro vital; força vital; energia.

Rishis - do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.

Samadhi - expansão da consciência; estado de consciência cósmica.

Sat-Chit-Ananda - Sat, O Ser – Chit, Consciência – Ananda, Bem-Aventurança.
É um mantra muito utilizado pelos iogues. Significa que o atman (a essência divina, o espírito), está consciente e tem a nítida percepção cósmica de que está completamente permeado pela onipresença de Brahman (O Absoluto, O Todo, Deus), no centro do coração espiritual.

Sattva - equilíbrio, pureza. Tudo o que se refere a sattva é considerado sattvico. Exemplos: paz interior, equilíbrio emocional e energético, sentimentos elevados, lucidez, discernimento e manifestações equilibradas.

Savitri - raio solar ou feixe destes raios; célebre hino de Visvamitra em homenagem ao sol. Sobrenome de Uma ou Parvati, a Mãe Divina, esposa de Shiva; também é o nome próprio da mulher de Satyavan, no épico hinduísta “Savitri”.

Shankara - sábio hindu do século 9 d.C., autor do clássico hinduísta “Viveka Chuda Mani”. Também é um dos epítetos do deus Shiva, um dos aspectos da trimurti hinduísta: Brahma – O Criador; Vishnu – O Preservador; e Shiva – O Transformador.
Logo, Shankara é considerado como um dos avatares de Shiva.
Obs.: A tradução literal de Shankara é “Aquele que dispensa bênçãos” – “dispensador de bênçãos”; ou seja, Shiva e, por extensão, os seus avatares.

Shanti - paz espiritual; paz do coração.

Surya - O Sol. É designado por numerosos epítetos, tais como: “Dina-kara” (Criador do dia), “Arha-pati” (Senhor do dia), “Loka-chakchus” (Olho do mundo), “Karma-Sakchî” (Testemunha dos atos dos homens), “Sahasra-Kirana” (Provido de mil raios), “Graha-râja” (Rei das constelações), etc.

Vyasa - é um iogue extrafísico que se apresenta como um dos 
amparadores espirituais. É um sábio espiritual que usa o nome iniciático do grande Vyasadeva, autor do Mahabharata, célebre épico da antiguidade hindu. Os seus ensinamentos sempre priorizam o bom senso e o discernimento em todas as situações. Ele mesmo é um mestre sereno e sempre ensina que Brahman é o fim da saudade do amor.
Ver o texto "Toques Espirituais do Sábio Vyasa", postado no site no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1997
Há outros textos dele na seção de textos periódicos enviados anteriormente pelo site. Para lê-los, basta entrar na seção de busca por palavras e clicar o nome de "Vyasa". Daí, surgirão diversos textos dele listados, e é só clicar em cima do título deles para leitura.

Yantra - do sânscrito - diagrama esotérico utilizado para visualização criativa e concentração, principalmente em práticas iogues.

CHACRAS – OS CENTROS ENERGÉTICOS



Chacras - do sânscrito - são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia - prana, chi - do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico. 

Chacra Coronário - é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das idéias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: A
pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal - também chamada de “epífise” - é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.

Chacra Frontal - é o centro de força situado na área da glabela, no espaço espiritual interno da testa. Está ligado à glândula hipófise – pituitária - e tem relação direta com os diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas. É o chacra da aprendizagem e do conhecimento. Em sânscrito ele é conhecido como “Ajna”, o centro de comando.
Chacra Laríngeo - é o centro de força situado em frente da garganta. É o responsável pela energização da boca, garganta e órgãos respiratórios. Está ligado à glândula tireóide. Bem desenvolvido, facilita a psicofonia e a clariaudiência. É considerado também como um filtro energético que bloqueia as energias emocionais, para que elas não cheguem até os chacras da cabeça. É o chacra responsável pela expressão criativa – comunicação - do ser humano no mundo. O seu nome em sânscrito é “Vishudda”, o purificador.

Chacra Cardíaco - é o centro de força responsável pela energização do sistema cardiorrespiratório. É considerado o canal de movimentação dos sentimentos. Por isso é o chacra mais afetado pelo desequilíbrio emocional. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para o trabalho de assistência espiritual. Está ligado à glândula timo. O seu nome em sânscrito é “Anahata”, o inviolável, o invicto, o som sutil do espírito imperecível.

Chacra Umbilical – é o centro de força abdominal, responsável pela energização do sistema digestório. Está ligado à glândula pâncreas. É considerado o chacra das emoções inferiores. Quando está bloqueado, causa enjôo, medo ou irritação. Bem desenvolvido, facilita a percepção das energias ambientais. É chamado em sânscrito de “Manipura”, a cidade das jóias.

Chacra Sexual - é o centro de força responsável pela energização dos órgãos sexuais. Está ligado às gônadas – glândulas de reprodução – testículos no homem; ovários na mulher. Quando está bloqueado, causa impotência sexual ou desânimo. Quando super-excitado, causa intenso desejo sexual. Bem desenvolvido, estimula o melhor funcionamento dos outros chacras e ajuda no despertar da kundalini. É o chacra da troca sexual e da alegria. O seu nome em sânscrito é “Swadhistana”, a morada do eu – ou morada do sol; ou a morada do prazer.

Chacra Básico – é o centro de força situado na área da base da coluna. É o responsável pela absorção da energia telúrica e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está ligado às glândulas supra-renais e tem relação direta com os fenômenos bionergéticos e parapsíquicos oriundos da ativação da kundalini. O seu nome em sânscrito é “Muladhara”, a base e fundamento do corpo.
 
Obs.: Kundalini é um tema complexo. O seu estudo envolve o conhecimento aprofundado dos chacras, dos nádis que correm ao longo da coluna - ida, pingala e sushumna -, e das glândulas endócrinas, bem como um conhecimento básico dos yantras e bijas-mantras específicos para sua ativação.
Kundalini - do sânscrito - significa literalmente "enroscada". Esse nome deve-se ao seu movimento ondulatório que lembra o movimento de uma serpente. Daí a expressão esotérica "fogo serpentino". Ela também é chamada pelos iogues de "Shakti" - do sânscrito - a força divina aninhada na base da coluna.
Kundalini nada tem a ver com o sexo diretamente, muito embora seja a energia que ativa e vitaliza a sexualidade. Devido à prática de exercícios tântricos que envolvem a contenção do orgasmo, quando esse conhecimento chegou ao Ocidente foi logo desvirtuado. Hoje, esse tema surge associado a rituais e posturas sexuais aqui no Ocidente. No entanto, o despertar da kundalini é um processo puramente espiritual e energético em essência. Envolve a ativação dos chacras, principalmente do chacra cardíaco, que equilibra e distribui corretamente o fluxo ascendente da shakti ao longo dos nádis. Não significa acender um foguete esotérico no traseiro e decolar pelos nádis ao longo da coluna, como muita gente imagina. "Acender" não significa necessariamente "ascender".
Particularmente, não gosto do processo de despertar da kundalini que é feito por grupos esotéricos ocidentais. Prefiro o trabalho mais energético e naturalista do Yoga.

Obs.: Aqui não estão relacionados os chacras secundários, incluindo nisso o chacra esplênico, em cima do baço
APENAS UM ESPÍRITO ESPIRITUALISTA
 
Sou apenas um espírito, pedacinho do Cosmo em evolução, vivendo e trabalhando para crescer.
Basicamente, sou energia pura.
Mas, no momento, tenho cara de gente e passo as agruras da experiência terrestre.
Sofro na própria pele os temores da inexperiência.
E, assim como todos, erro bastante.
Porém, de erro em erro, eu acabo acertando.
Não me apego a nenhuma ortodoxia de pensamento, pois sou livre para pensar e crescer questionando.
A Evolução me deu o livre-arbítrio e cada experiência só tende a aumentá-lo.
De experiência em experiência, vou me firmando no contexto da vida.
As barreiras aparecem a cada passo, porém sou grato a elas.
Fazem-me querer ser mais forte para superá-las.
E, no final das contas, elas são apenas barreiras e eu sou um espírito imortal, cheio de energia e disposto a crescer para desvendar os caminhos que a Evolução oferece.
Sou apenas um espírito espiritualista buscando minha própria natureza.
Não acredito na imortalidade do espírito: tenho certeza absoluta, não é questão de crença.
Sei que a morte só pode apanhar meu corpo físico, como já fez várias outras vezes, e como fará pelas próximas vidas desta roda reencarnatória que me submete no momento.
Estarei vivo sempre e isso é só alegria.
Quando a morte um dia aparecer, com sua foice rompedora de cordão de prata*, estarei sorrindo muito e é bem capaz que eu lhe conte uma piada de morte.
Hoje estou aniversariando e, naturalmente que, ficando velho, a morte fica mais próxima.
Entretanto, estou cheio de vida interna.
Pulsa em mim o fogo da alma, que não pode ser apagado nunca.
Ele foi aceso várias vidas atrás, quando fui iniciado no caminho espiritual por antigos mestres extrafísicos.
Quando a morte bater o gongo do último assalto da minha luta espiritualista na Terra, ela vai requerer meu corpo físico e vai tirar minhas poucas posses físicas: meus livros espiritualistas e meus discos do Yes, Tangerine Dream e outros.
Obviamente que, nesse dia “mortal”, ficarei invisível para meus familiares e amigos físicos.
Mas nem isso me atrapalhará, já que, durante a noite, poderei encontrá-los projetados fora de seus corpos humanos, aproveitando seu sono comum de todo dia**.
Assim, quando a morte me chamar, ela levará várias coisas para longe de mim.
Ou, melhor dizendo, eu é que vou estar em outro lugar.
Porém, mesmo assim, restará a melhor coisa comigo.
Ficará a experiência de ter vivido como espiritualista.
E, quando a morte seccionar meu cordão de prata, sorrirei para ela e direi com toda a satisfação: “Tenho cara de gente e muitos defeitos, mas, felizmente, sou energia pura e imortal, porque sei que sou um espírito e, também, porque sou espiritualista.
Muito obrigado. E, até a próxima vida...”
 
P.S.:
Escrevi essas linhas no ano de 1992, quando completei 31 anos de “encadernação física”. E hoje, quando completo 49 anos, com grande alegria ratifico tudo o que escrevi naquela ocasião. Então, só quero acrescentar o quanto sou grato ao Grande Arquiteto Do Universo, por tudo. Por ter me dado à chance de descer a Terra com a chama espiritual acesa e com o coração forte, para aguentar a Luz e o Amor viajando em meu Ser.
E também agradeço às consciências extrafísicas que, nesses anos todos, com muita paciência e carinho, tem me orientado na senda espiritual e humana.
E não posso me esquecer dos meus amigos encarnados, que, em muitas ocasiões, me ajudaram – e continuam ajudando com sua amizade. E não quero citar nenhum em particular, pois são muitos, graças a Deus.
E também agradeço aos meus pais – por terem me recebido como filho -, e às minhas filhas – por terem me aceitado como pai nessa “encadernação”; e aos meus irmãos, por terem aceitado reencarnar junto comigo – e eu me lembro de muitas brincadeiras do tempo de criança...
Ah, e não posso esquecer-me de agradecer a Rama, meu cãozinho, que tanto alegra meu coração. Esse parceiro que o Céu me presenteou, por um tempo de vida...
Aos 49 anos de “encadernação”, eu reafirmo, aqui e agora, à Luz do Espírito, o quanto eu sou grato pela jornada espiritual guiar minha vida, aqui e além...***
Ah, hoje, mais do que nunca, o meu mantra é a palavra “GRATIDÃO”.
 
Paz e Luz!
 
- Wagner Borges – pequena folha espiritual ao sabor do Vento do Supremo...
São Paulo, 23 de setembro de 2010.

Mais um fim do mundo... 2012

Com 43 anos de vida e discernimento, já enfrentei vários fins do mundo e datas marcadas para contato extraterrestre. O primeiro deles, marcado para o interior do Rio de Janeiro, teve até transmissão do Fantástico. Uma verdadeira histeria coletiva. Se bobear, alguns leitores mais antigos estavam lá esperando as naves chegarem.

Como na minha infância não havia internet, o apocalipse passou a vir de Nostradamus. Estavamos condenados, me provaram com as centúrias. E havia até data, para alguns: Outubro de 1999, começando um fim no ano 2000. Deus usava o sistema decimal e gostava de números grandes e redondos.


Só mais tarde vim a descobrir que as centúrias eram uma espécie de Bíblia: Dependendo da intenção de quem as manipula, podem ser interpretadas isoladamente para justificar qualquer coisa, inclusive as contraditórias entre si: Pode ser Napoleão ou Hitler, pode ser a queda da Bastilha ou a do Corinthians. Maktub reciclável: O atentado do World Trade Center estava lá. Na mesma profecia que em 1980 um livro "provava" prever outra coisa bem diferente.


Lembro também de uma época em que o Fantástico mostrava uma garota que dizia ver Nossa Senhora. Fátima Reloaded, com transmissão ao vivo. Eu não sabia nada de mediunidade, mistificadores e psicopatologia - e pelo jeito, a Globo da época também não. Numa das visões, a menina garantiu, e o Lázaro também menino nunca se esqueceu: O mundo ia acabar numa quinta-feira. Nossa Senhora é quem disse, numa obra prima de concisão e utilidade de informação. Para muitos, a informação era vaga. Para mim era precisa: Havia poucas quintas-feiras em Outubro de 1999. Li o Apocalipse de cabo a rabo, para saber tudinho que ia ocorrer. Mas esqueci de aplicar a mim mesmo, pois distraidamente me casei em uma quinta-feira, no Outubro de 1986. A separação se deu em 1999, e, tenho certeza, o Livro da Revelação de João retrata apenas parte dos horrores que passei na ocasião.


Quando pensei que ainda teria alguns anos de vida, novamente o Fantástico me advertiu, em plena década de 80: Jesus não nasceu no ano 0. Na minha visão religiosa de então (onde o mundo todo girava em torno da interpretação que o povo do deserto da Palestina fez de seus mitos de milênios atrás), isso significava que o ano 0 era antes do que eu pensava. Logo, o mundo se acabaria, segundo minhas contas, em alguma quinta do começo da década de 90. Com o que eu passava no casamento, o adiantamento seria bem vindo. Aguardei, mas foi em vão. Pelo jeito, Nostradamus usou o calendário errado, também.


Quando eu já me conformava com Outubro de 1999, e aproveitava meus últimos meses de vida, veio a bomba, em todas as listas de astrologia: Em Agosto daquele ano haveria um eclipse gigantesco, e o mapa astral do momento configuraria uma dupla cruz, em signos de elementos fixos, lotada de quadraturas. Era o mapa do anticristo, disseram. A informação correu a internet. Ele estava nascendo, ou seja, era o fim do mundo. Acreditei, como não? Era um sinal no céu, justamente no ano de 1999. Mas raios, logo agora que eu me separei?


Quando eu estava quase me convertendo à Universal, aguardando o fim, alguém me mandou em anexo o mapa do tal eclipse, o tema astrológico natal do anticristo. Segundo diziam, o mais terrível mapa astral que alguém poderia ter. Achei estranhamente familiar. Quando coloquei a data, hora e local no meu software de astrologia, o traçando com símbolos e ângulos que eu estava mais acostumado, tive a suprema revelação: Era muito igual ao meu, que também tem uma dupla cruz fixa (Araxá, MG, 3/11/64, 15:30). Peraí! Eu era o anticristo? E que raio de evento astrológico único é esse que ocorre de tempos em tempos? E porque o mundo não acabou também quando eu nasci?


Na lista de astrologia que eu frequentava, já com Liege, Nina, Wagner Borges, Paulo Coelho, Márcia Frazão, Olavo Borges, Ivan Freitas, Denise Moon Raven e muita gente mais de sarcasmo e discernimento, resolvemos aguardar o tal eclipse de 1999 com uma festa, muito vinho e violão. Encontro de fim do mundo. Quase fomos excomungados da internet por heresia e desrespeito, pois, naquela época, as pessoas aqui na rede eram muuuuuuuuuuito mais crédulas e esquisotéricas do que hoje em dia. Acreditem! Havia vigília virtual pra todo lado, mestre gnóstico-ufoló gico alertando, gurus das comunidades de minas gerais e goiás em polvorosa, e recebiamos flames por estarmos marcando diversão para aquele momento tão importante do planeta. Nòs iriamos nos arrepender, diziam. As naves não nos resgatariam, parece que os ET´s só queriam preservar a humanidade mais triste. Pra facilitar o trabalho de Ashtar, acendemos uma fogueira na festa. Mas se ele veio naquela noite do eclipse, nos ignorou. E aos ufólogos místicos também.


Mas era só uma questão de dois meses, em outubro haveria a data de Nostradamus. Nada aconteceu. Mas aí disseram que o século não havia acabado, e que a data era 31 de Dezembro de 1999, exatamente à meia noite. Que baita sacanagem divina, em pleno revellion. Fora o trabalho de fazer um fim do mundo para cada fuso horário. Fazia sentido, se o Deus de todo o universo usar o calendário gregoriano e gostar de contas redondas. Além do mais, seria uma economia dos sinais nos céus, já que os fogos facilitariam o clima apoteótico. Mas confesso que nâo sei se o mundo acabou ou não naquela passagem de ano: eu estava bêbado.


Mais tarde, alguém de ressaca lembrou que o novo século só começaria em 1/1/2001. E a data também tinha sua aura mística, graças à ficção científica, que explica muito bem a fé dessa gente - ou falta dela. Tinhamos uma nova data apocalíptica, mas ninguém levou tão a sério dessa vez, já que outros ufólogos místicos e gurus comunitários já haviam feito várias outras previsões de contato, arrebatamento, chegada das naves e fim do mundo no período. Todas furadas.


Alguns falaram dos alinhamentos de planetas que ocorreram no começo deste milênio. Novamente, alguns mapas astrológicos. Mas depois do tal eclipse de Agosto de 1999, ninguém mais acreditava que seria o mapa do fim. Precisavamos de algo com maior credibilidade, para anunciar a data e hora da chegada de Jesus e João Batista em uma nave espacial. E aí veio Jan Val Ellan e a revista Ufo, em matéria de capa. Ufa!


Quase fomos excomungados da internet pela segunda vez, ao aventarmos a possibilidade de que essas vozes que falavam dentro da cabeça do tal Profeta INRI Elias reencarnado só falassem... dentro da cabeça dele. Espiritualistas sérios nos lembravam da possibilidade do homem estar certo. Não custava confiar. E além do mais - falácia da autoridade - a revista falou! Lembrei do Fantástico. Aí veio a notícia de que o homem era não só Elias, mas também Kardec reencarnado. Um profeta nato, sempre incompreendido em seu tempo. Maktub, quem ousaria duvidar? Alguns percorreram o país ouvindo os ensinamentos de Ellan, que vendeu muitos livros reinterpretando o apocalipse e suas trombetas. Amém, Kardec Sheran.


No dia marcado por Ellan, marcamos um encontro voador em Belo Horizonte, lá no Stadt Jever. Vai ver o mundo já acabou, e eu novamente estava bêbado na ocasião. O fato é que naquela noite, realmente vimos hordas nas ruas, gritando e babando, aos milhares. Mas não vi as naves no céu, e Ellan havia garantido que seriam visíveis a todos. Como explicar aquela multidão nas ruas, boa parte trajada de preto, e gritando mantras em coro? E os carros desordenados, piscando faróis e buzinando sem parar? E os gritos histéricos? Será que metade de Minas Gerais havia lido a UFO e aguardava o arrebatamento? Será que o chopp caseiro daquele bar alemão provocava alucinações? Quando saí do bar, já quase nascendo o dia, comprei o jornal para ver as fotos das naves, e li a manchete: "Galo, campeão da segunda divisão".


Mais tarde, Ellan esclareceu seu equívoco. Os deuses e ET´s haviam o enganado, para que se cumprissem as profecias. Gostei: os marcianos tinham senso de humor. Jan Val Allan Kardec marcou uma outra data, essa sim certeira, poucos meses depois. Dessa vez, o mundo se acabou - pelo menos o dele, como profeta apocalíptico no sudeste do país.


Estudando história, vi que a mania não é nova. Os palestinos já tinham certeza do fim no ano zero, com a invasão romana. Erraram por 1960 anos, quando Israel e os EUA lhes fizeram ter saudades de Júlio César, que não os confinava numa faixa dentro de seu próprio país. Mais tarde, no ano 1000, nova histeria coletiva. E novamente o mundo não se acabou. Mas imaginem o que deve ter falado a igreja nos tempos da grande fome seguida da peste negra, em que a Europa viu sua população se reduzir drasticamente em apenas um século? Foi o fim do mundo mesmo, para o sistema feudal: Mão de obra escassa e valorizada, decretando o fim da servidão, o começo do renascimento, e mais tarde as revoluções.


Agora, começa a histeria do Calendário Maia. Já a previamos no começo do milênio, há várias mensagens antigas no histórico da Voadores falando dos profetas de email que surgiriam no fim da década, com a proximidade de 2012.


Não que o calendário original não possa ser sério - já o que se fala dele numa neoreligião brasileira está mais para astrologia e esquisoterismo, que mistura runas, hexagramas, signos e cálculos que os povos antigos da América Central jamais utilizariam.


De fato, os antigos tinham grande conhecimento de astronomia. De fato, vivemos uma época de transformação. De fato, o calendário deles termina em 2012. Outros, não. Mas há outras coincidências, como a mudança da era de Aquário, e o próprio milênio do calendário ocidental.


Com tantos apocalipses reincidentes nos últimos 2000 anos, e tantas guerras e danos ao planeta causados pelo próprio homem, uma hora algum Edir Macedo, Ellan Kardec, Juscelino, Ergon, Argüeles, Nostradamus ou Trigueirinho vão acertar. O próprio papa Ratzinger, que não é nada bobo, já escolheu o nome de Bento XVI propositalmente para confirmar uma teoria apocalíptica de milênios atrás.


O aquecimento global pode ser uma boa ocasião. E a vocação militar e imperialista de uma China que o mundo todo faz enriquecer, também. Uma voz profético-racional me diz que ainda vamos ter muitas saudades do imperialismo norte-americano, e de quando os inimigos mundiais eram apenas os russos e alemães. Podem estar certos que no dia seguinte a qualquer catástrofe dessas, um profeta aparecerá em programa popular com uma carta falsificada registrada em cartório, em que já previa a tragédia há muito tempo atrás. E, garanto, na madrugada anterior à desgraça, havia um pastor na TV anunciando o fim. O detalhe é que em todas outras noites de minha vida, também.


Ou seja, muitos dos que sacam o calendário maia para explicar o fim são os mesmos que em outras épocas anunciavam a chegada das naves, que frequentavam comunidades de resgatáveis, que procuravam eclipses e alinhamentos nos céus, que faziam vigília às 02:02 de 2/2/2002 ou que estudavam as centúrias de Nostradamus. alguns até já escutaram as palavras do pastor, seja o da igreja do bairro, seja a do guru da nova era. Ou seja, o calendário para eles é "Maya", qualquer data serviria, desde que fale de fim dos outros e do resgate "dos bons e escolhidos", a saber, aqueles que divulgam datas apocalípticas via internet.


No fundo, estes apocalípticos não são tão espiritualistas assim, e carregam dentro de si um baita medo de morrer, que justifica tanta fé na ascenção aos céus em vida. Sua morte não pode se dar num dia qualquer, em que milhões nascem e deixam o planeta, mas precisa se dar junto com bilhões. Seu fim precisa ser o de toda a humanidade, por mando divino, e não mais um evento natural, a que todos estamos sujeitos. O bom de viver assim pensando na morte é que um dia acertam. O que não entendo é que diferença faz, quando o prédio cair, se caiu ou não os outros da cidade ou do planeta também.


Por essas e outras, tenho certeza de que pelo menos uma dessas profecias estará certa: Em 2012 será o fim... do CALENDÁRIO Maia!!!


Fim do mundo é "Maya", a do sânscrito: uma ilusão. Em 2013, continuaremos a existir, encarnados ou não, e Deus estará conosco onde estivermos. Pelo menos para aqueles dependem de profecias para enxergá-lo no agora e aqui.


Mas, cá entre nós, espero que estejamos na Terra mesmo, já que em 2014 temos Copa do Mundo no Brasil, e Deus - como um bom brasileiro que dizem ser - não perderá a oportunidade de ver os argentinos perdendo, na final, em pleno Maracanã.


Lázaro Freire

http://www.voadores .com.br

sábado, 30 de julho de 2011

Por que o tempo está passando tão rápido?


   Não apenas as pessoas mais idosas, mas também as jovens passam pela experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, nem respiramos ja veio a Páscoa, em 1 mês estaremos na metade do ano, mais um pouco será Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real? Pela Ressonância Schumann, se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.
Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas, submetidos à ação de um simulador Schumann, recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por vários anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz . Ao invés de 24h, o dia tem 16h, mas isso somente para sua percepção.
O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. 
Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido é 'ilusória', mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.
Esse super-organismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.
A tese recorrente entre grandes cientistas e biólogos é de que a Terra, efetivamente, é um super-organismo vivo, de que Terra e humanidade foram feitos para estar sempre em harmonia, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, precisamos da Terra que nossa casa é, que amamos. Porque? Segundo a teoria de Schumann, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.

O solitário é o eleito

O solitário é o eleito. O que o solitário escolheu? Ele escolheu somente seu próprio ser. E, quando você escolhe seu próprio ser, escolhe o ser de todo o Universo — porque seu ser e o ser universal não são duas coisas separadas.

Quando você escolhe a si mesmo, escolhe Deus e, quando você escolhe Deus, Deus o escolhe — você se tornou o eleito.

Bem-aventurado é o solitário e o eleito, porque ele encontrará o reino. Por vir dele, lá irá novamente.

Um solitário, um saniasin — é isso o que significa saniasin — um ser solitário, um peregrino, inteiramente feliz em sua solitude. Se alguém caminha ao lado dele, tudo bem, isso é bom. Se alguém o deixa, também está bem, isso é bom.

Ele nunca espera por alguém e nunca olha para trás. Sozinho, ele é inteiro. Esse estado de ser, essa inteireza, faz dele um circulo, e o princípio e o fim se encontram, o alfa e o ômega se encontram.

Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"

Esgotando a ambição

Esgotando a ambição

Disseram a Osho: Eu fiz ou tive todas as coisas que sempre quis no mundo. Parece que esgotei toda a ambição de conseguir qualquer coisa a mais. Mesmo a iluminação parece uma meta remota e impossível, fora do domínio do meu entendimento.
É como se eu estivesse simplesmente esperando e dando um tempo. Não há nada a fazer e nenhum lugar para ir. Contudo, tenho uma sensação de tristeza e um sentimento de insatisfação. Por favor, comente.

Um dos momentos mais significativos na vida de um homem é quando ele sente que se esgotaram as ambições e está simplesmente esperando, sem saber o quê. Esse é o momento em que a iluminação está mais próxima.

A iluminação não é uma meta. Não está lá, longe, para você alcançá-la. Você não pode fazer da iluminação uma ambição: essa é a maneira mais correta de perdê-la. A iluminação acontece nesse vazio, quando todas as suas ambições terminaram. Você não sabe o que fazer, aonde ir.

Nesse silêncio — porque não há um tumulto de desejos, nenhum desejo ardente de ambição — a iluminação acontece por conta própria. É um subproduto, não uma meta.

E é por isso que você está se sentindo triste, insatisfeito: muito embora todas as ambições tenham terminado... Por que uma pessoa deveria se sentir insatisfeita? Deve existir algo na vida que não seja parte da mente ambiciosa, sem a qual uma pessoa não pode se sentir satisfeita.

Você pode realizar todos os seus desejos, todas as suas ambições, e ainda assim se sentirá insatisfeito. Na verdade, você se sentirá mais insatisfeito do que aqueles que ainda estão correndo atrás de desejos, porque pelo menos para eles existe uma esperança de que amanhã eles alcançarão a meta.

Hoje pode parecer vazio, mas a ilusão, a alucinação do amanhã mantêm o hoje, de certa forma, escondido para eles. Mas agora, para você, não há nada que possa esconder sua realidade: você está insatisfeito.

Portanto, uma coisa fundamental está muito clara: mesmo que todas as ambições sejam satisfeitas, o homem não está satisfeito. Existe algo que não é uma ambição, e, a não ser que você o alcance — e não é um empreendimento —, a não ser que ele aconteça a você, a insatisfação o deixará triste.

Essa situação acontece a todas as pessoas afortunadas; quanto ao mais, todos estão correndo atrás de seus desejos, e existem tantas coisas a fazer na vida. Não há tempo para se sentir insatisfeito, não há tempo para sentir tristeza. A esperança no amanhã dissipa toda a tristeza.

Mas agora você não tem nenhuma esperança no amanhã. Somente o hoje está com você, e é bom que você esteja esperando, sem saber o quê. Se você está esperando intencionalmente por algo, isso é desejo, então a mente estará lhe pregando uma peça.

Se você está simplesmente esperando, terá chegado ao fim da estrada. Não há mais nenhum lugar para ir; o que você pode fazer exceto esperar? Mas esperar pelo quê?

Se você pudesse responder "estou esperando por isso ou por aquilo", perderá a iluminação. Então sua espera não é pura. Não é uma simples espera. Se você puder ter certeza de que é uma espera pura, não dirigida a nada, a nenhum objeto, estará na situação correta, na qual a iluminação acontece.

Portanto, você está em um belo estado, inconsciente dele, por causa da pura espera e tristeza... A pessoa não pode ver o que existe de belo nisso. Somente os despertos podem perceber o que há de belo nisso.

Essa é a situação na qual você desperta, como um subproduto. De outro modo a vida permanece um sono espiritual. Todos os desejos e ambições não são nada além de sonhos desse sono.

Uma tristeza, uma profunda insatisfação, em geral não parece algo muito glorioso, não é algo de que se orgulhar; mas eu lhe digo que isso é algo de que você pode se orgulhar. Apenas permaneça na sua tristeza. Não tente transformar isso em outra coisa.

Permaneça na sua espera — não tente dar a ela um objeto. A pura espera atrai a derradeira experiência que chamamos de iluminação. A pessoa não deve buscar a iluminação como uma meta. A iluminação vem a você quando você está maduro, e esse é um tipo de amadurecimento necessário.

No Ocidente isso está acontecendo com muitas pessoas, mas elas não sabem. Estão tristes, em profunda angústia; estão se afogando no álcool, nas drogas, em perversões sexuais; estão tentando esquecer a tristeza com todo tipo de coisas. Estão tentando, de alguma maneira, transformar sua espera em objeto.

Alguns tornam-se religiosos e começam a esperar por Deus. Alguns começam a filosofar que a vida não tem sentido, que a vida não é nada além de angústia, que dá náusea.

E a beleza é que Jean-Paul Sartre, que dizia continuamente que "a vida é sem sentido, apenas ansiedade, angústia, náusea" — também escreveu um livro chamado A Náusea —, viveu muito tempo. Então para que viver se a vida é apenas náusea, para que escrever um livro sobre isso? Se a vida é sem sentido, para que questionar isso? Para conseguir um Prêmio Nobel?

O que estou dizendo é totalmente diferente do que está acontecendo no Ocidente. O que estou dizendo é o que tem acontecido no Oriente nos últimos dez mil anos: quando o homem chega ao ponto em que todas as ambições são inúteis, é porque ele as viveu e descobriu que não valem a pena; ele alcançou a meta que queria e descobriu, então, que não havia nada a ser descoberto, que foi apenas uma alucinação, um oásis que parecia real à distância, mas que, à medida que se aproximou, desapareceu, restando somente o deserto.

O Oriente tem usado isso de diferentes maneiras. Nem um único filósofo pregou o suicídio. Nem um único homem nesse estado ficou maluco ou se voltou para as drogas. Mas durante séculos tem sido aceito que esse é o momento de maior potencial da vida.

Se você puder apenas esperar, sem esperar por nada; apenas esperar, pura espera... deixe a tristeza estar lá, deixe a insatisfação estar lá, elas não podem impedir sua iluminação. Somente uma coisa pode deter sua iluminação: se você fizer da sua iluminação um objeto.

Se a espera for pura, a iluminação acontecerá, e com o seu acontecimento existe a satisfação, grande regozijo, e a vida vem a florescer. É por isso que eu digo que esse é um momento tremendamente belo. Não o perca.
Disseram a Osho: Eu fiz ou tive todas as coisas que sempre quis no mundo. Parece que esgotei toda a ambição de conseguir qualquer coisa a mais. Mesmo a iluminação parece uma meta remota e impossível, fora do domínio do meu entendimento.
É como se eu estivesse simplesmente esperando e dando um tempo. Não há nada a fazer e nenhum lugar para ir. Contudo, tenho uma sensação de tristeza e um sentimento de insatisfação. Por favor, comente.

Um dos momentos mais significativos na vida de um homem é quando ele sente que se esgotaram as ambições e está simplesmente esperando, sem saber o quê. Esse é o momento em que a iluminação está mais próxima.

A iluminação não é uma meta. Não está lá, longe, para você alcançá-la. Você não pode fazer da iluminação uma ambição: essa é a maneira mais correta de perdê-la. A iluminação acontece nesse vazio, quando todas as suas ambições terminaram. Você não sabe o que fazer, aonde ir.

Nesse silêncio — porque não há um tumulto de desejos, nenhum desejo ardente de ambição — a iluminação acontece por conta própria. É um subproduto, não uma meta.

E é por isso que você está se sentindo triste, insatisfeito: muito embora todas as ambições tenham terminado... Por que uma pessoa deveria se sentir insatisfeita? Deve existir algo na vida que não seja parte da mente ambiciosa, sem a qual uma pessoa não pode se sentir satisfeita.

Você pode realizar todos os seus desejos, todas as suas ambições, e ainda assim se sentirá insatisfeito. Na verdade, você se sentirá mais insatisfeito do que aqueles que ainda estão correndo atrás de desejos, porque pelo menos para eles existe uma esperança de que amanhã eles alcançarão a meta.

Hoje pode parecer vazio, mas a ilusão, a alucinação do amanhã mantêm o hoje, de certa forma, escondido para eles. Mas agora, para você, não há nada que possa esconder sua realidade: você está insatisfeito.

Portanto, uma coisa fundamental está muito clara: mesmo que todas as ambições sejam satisfeitas, o homem não está satisfeito. Existe algo que não é uma ambição, e, a não ser que você o alcance — e não é um empreendimento —, a não ser que ele aconteça a você, a insatisfação o deixará triste.

Essa situação acontece a todas as pessoas afortunadas; quanto ao mais, todos estão correndo atrás de seus desejos, e existem tantas coisas a fazer na vida. Não há tempo para se sentir insatisfeito, não há tempo para sentir tristeza. A esperança no amanhã dissipa toda a tristeza.

Mas agora você não tem nenhuma esperança no amanhã. Somente o hoje está com você, e é bom que você esteja esperando, sem saber o quê. Se você está esperando intencionalmente por algo, isso é desejo, então a mente estará lhe pregando uma peça.

Se você está simplesmente esperando, terá chegado ao fim da estrada. Não há mais nenhum lugar para ir; o que você pode fazer exceto esperar? Mas esperar pelo quê?

Se você pudesse responder "estou esperando por isso ou por aquilo", perderá a iluminação. Então sua espera não é pura. Não é uma simples espera. Se você puder ter certeza de que é uma espera pura, não dirigida a nada, a nenhum objeto, estará na situação correta, na qual a iluminação acontece.

Portanto, você está em um belo estado, inconsciente dele, por causa da pura espera e tristeza... A pessoa não pode ver o que existe de belo nisso. Somente os despertos podem perceber o que há de belo nisso.

Essa é a situação na qual você desperta, como um subproduto. De outro modo a vida permanece um sono espiritual. Todos os desejos e ambições não são nada além de sonhos desse sono.

Uma tristeza, uma profunda insatisfação, em geral não parece algo muito glorioso, não é algo de que se orgulhar; mas eu lhe digo que isso é algo de que você pode se orgulhar. Apenas permaneça na sua tristeza. Não tente transformar isso em outra coisa.

Permaneça na sua espera — não tente dar a ela um objeto. A pura espera atrai a derradeira experiência que chamamos de iluminação. A pessoa não deve buscar a iluminação como uma meta. A iluminação vem a você quando você está maduro, e esse é um tipo de amadurecimento necessário.

No Ocidente isso está acontecendo com muitas pessoas, mas elas não sabem. Estão tristes, em profunda angústia; estão se afogando no álcool, nas drogas, em perversões sexuais; estão tentando esquecer a tristeza com todo tipo de coisas. Estão tentando, de alguma maneira, transformar sua espera em objeto.

Alguns tornam-se religiosos e começam a esperar por Deus. Alguns começam a filosofar que a vida não tem sentido, que a vida não é nada além de angústia, que dá náusea.

E a beleza é que Jean-Paul Sartre, que dizia continuamente que "a vida é sem sentido, apenas ansiedade, angústia, náusea" — também escreveu um livro chamado A Náusea —, viveu muito tempo. Então para que viver se a vida é apenas náusea, para que escrever um livro sobre isso? Se a vida é sem sentido, para que questionar isso? Para conseguir um Prêmio Nobel?

O que estou dizendo é totalmente diferente do que está acontecendo no Ocidente. O que estou dizendo é o que tem acontecido no Oriente nos últimos dez mil anos: quando o homem chega ao ponto em que todas as ambições são inúteis, é porque ele as viveu e descobriu que não valem a pena; ele alcançou a meta que queria e descobriu, então, que não havia nada a ser descoberto, que foi apenas uma alucinação, um oásis que parecia real à distância, mas que, à medida que se aproximou, desapareceu, restando somente o deserto.

O Oriente tem usado isso de diferentes maneiras. Nem um único filósofo pregou o suicídio. Nem um único homem nesse estado ficou maluco ou se voltou para as drogas. Mas durante séculos tem sido aceito que esse é o momento de maior potencial da vida.

Se você puder apenas esperar, sem esperar por nada; apenas esperar, pura espera... deixe a tristeza estar lá, deixe a insatisfação estar lá, elas não podem impedir sua iluminação. Somente uma coisa pode deter sua iluminação: se você fizer da sua iluminação um objeto.

Se a espera for pura, a iluminação acontecerá, e com o seu acontecimento existe a satisfação, grande regozijo, e a vida vem a florescer. É por isso que eu digo que esse é um momento tremendamente belo. Não o perca.

Ame a si mesmo nao se condene nunca mais

me a si mesmo

Não se condene. Você já foi condenado demais e aceitou toda essa condenação. Agora, você fica se machucando. Ninguém se considera digno o suficiente, ninguém se considera uma bela criação de Deus, ninguém pensa que é necessário para a existência. Essas são idéias venenosas, mas você foi envenenado, envenenado com o leite de sua mãe, e esse tem sido todo o seu passado. A humanidade tem vivido sob uma escura nuvem de autocondenação. Se você se condena, como você poderá se desenvolver, como você poderá se tornar maduro? E se você se condena, como poderá venerar a existência? Se você não puder venerar a existência dentro de você, você será incapaz de venerar a existência nos outros; será impossível.

Você só pode se tornar parte do todo se tiver um grande respeito pelo Deus que reside dentro de você. Você é um anfitrião, Deus é seu convidado. Ao amar a si mesmo, você saberá: Deus o escolheu para ser um veículo. Ao escolher você para ser um veículo, ele já o respeitou, já o amou. Ao criar você, ele demonstrou seu amor por você. Ele não fez você acidentalmente; ele o fez com um certo destino, com um certo potencial, com uma certa glória que você precisa atingir. Sim, Deus criou o ser humano à sua própria imagem. O ser humano precisa se tornar um deus. A menos que o ser humano se torne um deus, não haverá preenchimento, contentamento.

Mas como você pode se tornar um deus? Seus sacerdotes dizem que você é um pecador, uma perdição, que você inevitavelmente irá para o inferno. E eles o deixam com muito medo de amar a si mesmo. Esse é o truque deles, cortar a própria raiz do amor. Eles são muito espertos. A profissão mais ardilosa no mundo é a dos sacerdotes. Eles dizem: "Ame os outros". Ora, isso será artificial, sintético, um fingimento, uma representação.

Eles dizem: "Ame a humanidade, sua terra natal, sua nação, a vida, a existência, Deus". Grandes palavras, mas completamente sem significado. Você já se deparou com a humanidade? Você sempre se depara com seres humanos - e infelizmente condenou o primeiro ser humano que encontrou, você.

Você não se respeita, não se ama. Agora você desperdiça toda a sua vida condenando os outros. É por isso que as pessoas são tão críticas. Elas se criticam, e como podem evitar de encontrar as mesmas faltas nos outros? Na verdadem, elas as encontrarão e as aumentarão; elas as tornarão tão grandes quanto possível. Essa parece ser a única escapatória para, de alguma maneira, livrar a cara; isso precisa ser feito. Por isso existe tanto criticismo e tanta falta de amor.

Eu digo que esse é um dos sutras mais profundos de Buda, e somente uma pessoa desperta como ele pode dar a você esse discernimento.

Ele diz: Ame a si mesmo... Essa pode se tornar a base para uma transformação radical. Não tenha medo de amar a si mesmo. Ame totalmente e você ficará surpreso: o dia em que você se livrar de toda autocondenação e autodesrespeito, em que você se livrar da idéia do pecado original, em que puder pensar em si mesmo como alguém valioso e amado pela existência, será um dia de grande bênção. Desse dia em diante, você começará a perceber as pessoas assim como elas são de verdade e terá compaixão. E essa não será uma compaixão cultivada; será um fluxo natural e espontâneo.

Uma pessoa que se ama pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo. Se você se odiar - como você se odeia, como lhe disseram para fazer e você fez religiosamente -, se você se odiar, como poderá ficar com você mesmo? E meditar nada mais é do que apreciar sua bela solitude. Celebrar a si mesmo, é isso o que a meditação é.

A meditação não é um relacionamento; o outro não é necessário, a pessoa é suficiente em si mesma, é banhada em sua própria glória, em sua própria luz. Ela está simplesmente feliz por estar viva, por existir.

O maior milagre do mundo é este: você existe, eu existo. Existir é o maior milagre, e a meditação abre as portas para esse grande milagre. Mas somente uma pessoa que ama a si mesma pode meditar; do contrário, você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para uma face feia e quem quer penetrar num ser feio? Quem quer penetrar fundo em sua própria lama, em sua própria escuridão? Quem quer entrar no inferno que você julga ser? Você quer manter tudo isso coberto com belas flores e sempre fugir de si mesmo.

Por isso as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não conseguem ficar com elas mesmas e querem ficar com outras pessoas. As pessoas estão procurando qualquer tipo de companhia; se elas puderem evitar a companhia delas mesmas, qualquer coisa servirá. Elas sentarão num cinema durante três horas, assistindo algo completamente idiota; lerão um romance policial por horas, desperdiçando seu tempo. Lerão o mesmo jornal repetidamente, apenas para se manterem ocupadas; jogarão cartas e xadrez apenas para matar o tempo, como se tivessem muito tempo!

Nós não temos muito tempo, não temos tempo suficiente para nos desenvolver, para ser, para nos alegrar.

Mas este é um dos problemas básicos criados por uma educação equivocada: evite a si mesmo. As pessoas ficam sentadas em frente à TV, grudadas na poltrona durante quatro, cinco, até seis horas. Na média, o norte-americano assiste à televisão durante cinco horas por dia, e essa doença se espalhará por todo o mundo. E o que você está vendo? E o que você está ganhando com isso? Queimando seus olhos...

Mas isso sempre foi assim; mesmo se a televisão não existisse, haveria outras coisas. O problema é o mesmo: como evitar a si mesmo? Porque a pessoa se sente muito feia. E quem a fez ficar tão feia? Seus pretensos religiosos, seus papas. Eles são responsáveis por distorcerem suas faces, e foram bem-sucedidos, tornaram todos feios.

Toda criança nasce bela e, então, começamos a distorcer sua beleza, mutilando-a e paralisando-a de muitas maneiras, distorcendo sua proporção, tornando-a desequilibrada. Mais cedo ou mais tarde ela fica tão desgostosa consigo mesma que aceita ficar com qualquer um. O sujeito pode procurar uma prostituta apenas para evitar a si mesmo.

Ame a si mesmo, diz Buda. E isso pode transformar todo o mundo, pode destruir todo o feio passado, pode anunciar uma nova era, pode ser o princípio de uma nova humanidade.

Daí a minha insistência no amor - mas o amor começa com você mesmo. Depois ele pode continuar se espalhando, se espalhando por conta própria. Você não precisa fazer nada para espalhá-lo.

Ame a si mesmo, diz Buda e, logo depois, ele acrescenta: e observe. Isto é meditação, é o nome que Buda dá à meditação. Mas o primeiro requisito é se amar e, depois, observar. Se você não se amar e começar a observar, você vai querer se suicidar! Muitos budistas pensam em suicídio, pois não prestam atenção na primeira parte do sutra e, imediatamente, pulam para a segunda parte: "Observe a si mesmo". Na verdadem, nunca me deparei com um único comentário sobre o Dhammapada, sobre esses sutras de Buda, que desse qualquer atenção à sua primeira parte: Ame a si mesmo.

Sócrates diz: "Conheça a si mesmo". Buda diz: "Ame a si mesmo". Buda está muito mais correto, porque a menos que você ame a si mesmo, nunca se conhecerá. O conhecer virá somente mais tarde. O amor prepara o terreno, é a possibilidade de se conhecer, é o caminho correto para se conhecer.

Ninguém acha - nem mesmo os budistas - que amar a si mesmo precisa ser a base para conhecer a si mesmo, para observar a si mesmo, pois, a menos que você se ame, você não conseguirá se encarar. Você evitará. Isso porque o observar pode, ele próprio, ser uma maneira de evitar a si mesmo.

Primeiro: Ame a si mesmo e observe, hoje, amanhã e sempre.

Crie uma energia amorosa à sua volta. Ame o seu corpo, ame a sua mente, ame todo o seu mecanismo, todo o seu organismo. Amar significa aceitar como é. Não tentar reprimir. Reprimimos somente quando odiamos algo, quando somos contra algo. Não reprima, porque se você reprimir, como você irá observar? E não conseguimos olhar nos olhos do inimigo; só conseguimos olhar nos olhos de nosso amado. Se você não se amar, você não será capaz de olhar em seus próprios olhos, em sua própria face, em sua própria realidade.

Observar é meditar, é o nome que Buda dá à meditação. Observar é a senha de Buda. Ele diz: fique atento, fique alerta, não seja inconsciente, não se comporte de maneira sonolenta, não continue funcionando como uma máquina, como um robô. E é assim que as pessoas estão vivendo.

As pessoas estão vivendo inconscientemente, elas não estão conscientes do que estão dizendo, do que estão fazendo; elas não são observadoras. As pessoas ficam supondo e não vêem; elas não têm discernimento, não podem ter. O discernimento só acontece por meio de grande observação; então, pode-se ver até com os olhos fechados. No momento, você não pode ver nem mesmo com os olhos abertos. Você conclui, supõe, impõe, projeta.

Grace está deitada no divã do psiquiatra.
"Feche os olhos e relaxe", diz o médico, "e irei tentar um experimento".
Ele pegou seu chaveiro de bolso e levemente balançou as chaves. "O que este som lembra?", perguntou.
"Sexo", ela sussurrou.
Então, ele encostou levemente o chaveiro na palma da mão da moça, e o corpo dela enrijeceu.
"E isso?", perguntou o psiquiatra.
"Sexo", Grace murmurou nervosa.
"Agora, abra os olhos", instruiu o médico, "e me diga por que o que fiz fez você pensar em sexo".
Hesitantemente, suas pálpebras se abriram. Grace viu o molho de chaves na mão do psiquiatra e enrubesceu.
"Be-bem, para começar", ela gagejou, "pensei que o primeiro som fosse o zíper da sua calça se abrindo..."

Sua mente está constantemente projetando, projetando a si mesma. Ela está constantemente interferindo na realidade, dando-lhe uma cor, uma configuração e uma forma que não lhe é própria. Sua mente nunca permite que você perceba aquilo que é; ela permite que você perceba somente aquilo que ela deseja perceber.

Os cientistas pensavam que nossos olhos, ouvidos, nariz, os outros sentidos e a mente nada mais fossem do que aberturas para a realidade, pontes para a realidade. Mas agora todo o entendimento mudou. Agora eles dizem que nossos sentidos e a mente não são realmente aberturas para a realidade, mas defesas contra a realidade. Somente dois por cento da realidade passa por essas defesas e chega até você; noventa e oito por cento da realidade fica do lado de fora de você. E os dois por cento, que chegam até você e ao seu ser, são alterados. Eles precisam passar por tantas barreiras, precisam amoldar-se a tantas coisas da mente que, quando chegam até você, não são mais os mesmos.

Meditação significa colocar a mente de lado, de tal modo que ela não mais interfira na realidade e você possa perceber as coisas como elas são.

E por que a mente interfehttp://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4617238907959887050re? Ela interfere porque ela é criada pela sociedade, ela é o agente da sociedade em você! A mente não está a seu serviço, lembre-se disso! Ela é a sua mente, mas não está a seu serviço; ela está fazendo uma conspiração da sociedade contra você. A nossa mente foi condicionada pela sociedade, que implantou muitas coisas nela. Ela é a sua mente, mas não funciona como sua serva; ela funciona como serva da sociedade. Se você for cristão, ela funcionará como uma agente da igreja cristã; se você for hindu, ela será hindu; se você for budista, ela será budista. E a realidade não é cristã, hindu ou budista; a realidade é simplesmente como ela é.

Você precisa colocar de lado estas mentes: a mente comunista, a fascista, a católica, a protestante... Existem três mil religiões no mundo, grandes e pequenas, e pequenas seitas e seitas dentro de seitas... três mil no total. Dessa maneira, existem três mil mentes, tipos de mente, e a realidade é uma só, a existência é uma só, a verdade é uma só!!

Meditação significa: coloque a mente de lado e observe. O primeiro passo, ame a si mesmo, o ajudará imensamente. Ao amar a si mesmo, você irá destruir muito do que a sociedade implantou em você. Você se tornará mais livre da sociedade e de seus condicionamentos.

E o segundo passo é: observe, apenas observe. Buda não diz o que precisa ser observado - é tudo! Ao caminhar, observe o seu caminhar. Ao comer, observe seu comer. Ao tomar banho, observe a água, a água caindo sobre você, o toque da água, seu frescor, o calafrio que passa pela espinha - observe tudo, hoje, amanhã e sempre.

E finalmente, chega um momento em que você pode observar mesmo o seu sono. No que se refere ao observar, isso é o máximo. O corpo vai dormir e ainda assim existe um observador desperto, silenciosamente observando o corpo dormindo profundamente. No que se refere ao observar, isso é o máximo. No momento, acontece justamente o contrário: seu corpo está desperto, mas você está dormindo, em profunda sonolência. Então, você estará desperto e seu corpo estará dormindo.

O corpo precisa de repouso, mas sua consciência não precisa de sono. Sua consciência é consciência; ela é o estado de alerta, essa é a sua própria natureza. O corpo se cansa (e se desgasta) porque vive sob a lei da gravidade. É a gravidade que o deixa cansado (e desgastado). É por isso que ao correr rápido, você logo se cansa; ao subir escadas, você logo se cansa, pois a gravidade o puxa para baixo. Na verdade, ficar em pé é cansativo, sentar é cansativo, e quando você se deita na horizontal, somente então existe um pouco mais de repouso para o corpo, porque você fica mais em sintonia (equilíbrio) com a lei da gravidade. Quando você está em pé, na vertical, você está indo contra a lei; o sangue vai para a cabeça, contra a lei, e o coração precisa bater mais forte.

Mas a consciência não funciona sob a lei da gravidade, daí ela nunca se cansar. A gravidade não tem poder sobre a consciência; a consciência não é uma rocha, ela não tem peso. Ela funciona sob uma lei totalmente diferente, a lei da graça ou, como ela é conhecida no Oriente, a lei da levitação. Gravitação significa puxar para baixo, levitação significa puxar para cima.

O corpo está continuamente sendo puxado para baixo e, por isso, finalmente ele precisará se deitar na cova. Esse será o verdadeiro repouso para ele, pó sobre pó. O corpo, dessa forma, retornou à sua fonte, o tumulto cessou; agora não existe mais conflito. Os átomos de seu corpo terão verdadeiro repouso somente no túmulo.

A alma, no entanto, se eleva mais e mais alto. À medida que você se torna mais observador, você começa a ter asas - então, todo o céu é seu.

O ser humano é um encontro da terra com o céu, do corpo com a alma.

Fonte: Osho, Amor, Liberdade e Solitude, Editora Cultrix, 2006. ISBN
978-85-316-0913-8.