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domingo, 1 de abril de 2012

CIÊNCIA ENTERRA OS FATOS QUE NÃO SE ENCAIXAM NA TEORIA - ARQUEOLOGIA PROIBIDA






VÍDEO:

História Secreta da Raça Humana (Arqueologia Proibida) Fatos que não se encaixam nas teorias

http://www.youtube.com/user/gaiasohl?feature=mhum#p/a/u/0/-fW9X3aEyX8


A ciência é neutra? É realmente neutra quando determina que deve se ater apenas aos fatos? A ciência tende a se concentrar mais em teorias que em fatos! Uma teoria surge para explicar os fatos, então outros fatos são deixados de lado porque podem pôr em xeque a teoria. Chamamos de anomalias a estas evidências que não se encaixam nas teorias vigentes.


No livro ARQUEOLOGIA PROIBIDA, os cientisras Thompson e Cremo demonstram o que ocorre quando uma evidência CONTRADIZ uma teoria científica. Diz Michael Cremo: Nos últimos 150 anos, os arqueólogos e antropólogos enterraram tantas evidências como as que desenterraram.


Richard Thompson: Basicamente estamos diante do que chamamos de FILTRO DE CONHECIMENTO. Isto é uma característica não só da ciência como da natureza humana. As pessoas tendem a filtrar coisas incovenientes. Quando um cientista encontra algo que não se encaixa no paradigma vigente, tendem a ELIMINÁ-LO! Não o apresentam, não o divulgam, ignoram-no. As pessoas não são informadas sobre ele.

Um exemplo disso aconteceu no México em 1996 quando a arqueóloga Jean Steen Mackintyre ameaçou derrubar a teoria convencional que diz que os seres humanos são relativamente novos na Terra, que chegaram na Sibéria há uns 30000 anos, e na América há uns 20000 anos. No México, a arqueóloga descobriu ferramentas e ossos humanos e , submeteu-os a uma bateria de testes científicos, constatando que eles teriam uns 250000 anos. Ao divulgar este fato, arruinou sua carreira: todas as oportunidades profissionais se fecharam, o sítio arqueológico foi encerrado, as licenças para investigação foram sistematicamente negadas. No entanto, 30 anos depois, arqueólogos descobriram na Sibéria vestígios humanos de 300000 anos de idade, uma datação que fez com que a de Jean Mackintyre não parecesse improvável, no final das contas.
Na opinião de Thompson, não é uma conspiração deliberada (algo a ser investigado), "não estamos dizendo que se trata de pessoas que se reunindo em uma sala planejando enganar outras pessoas". É algo que acontece automaticamente na comunidade científica. Quando uma evidência difere da teoria predominante, não se fala dela, não se dá a informação, e isso significa que a História deixa de evoluir da forma como deveria.


Mais em:




La Historia Oculta de la Humanidad

http://youtu.be/5TARA5ksA-U Arqueologia Proibida: A História Oculta Da Raça Humana


By Michael A. Cremo and Richard L. Thompson Published by BBT Science Books, 1996. ISBN: 0-89213-294-9. Hardbound, 952 pages.


INTRODUÇÃO


Em 1979, pesquisadores em Laetoli, Tanzania, em um sítio da África Oriental descobriram pegadas em depósitos de cinza vulcânica com idade superior a 3,6 milhões de anos. Mary Leakey e outros disseram que as pegadas eram indistingüíveis das humanas atuais. Para estes cientistas, isso apenas significa que os ancestrais do homem de 3,6 milhões de anos atrás tinham pés incrivelmente modernos.

Mas, de acordo com outros cientistas, como o antropólogo físico R.H. Tuttle da Universidade de Chicago, ossos fósseis dos australopithecos conhecidos de 3,6 milhões de anos atrás demonstram que eles tinham pés que eram claramente próximos dos pés de um macaco.Assim, são incompatíveis com as pegadas de Laetoli. Em um artigo da edição de março de 1990 da revista ‘Natural History’, Tuttle confessou que “estamos frente a um mistério”. Parece admissível, portanto, considerar a possibilidade que nem Tuttle nem Leakey mencionaram - que criaturas com corpos humanos anatomicamente modernos, que combinassem com seus pés humanos anatomicamente modernos, existiram há 3,6 milhões de anos atrás na África Oriental. Talvez, como sugerido na ilustração da página oposta, eles coexistiram com criaturas simiescas. Intrigante como possa parecer essa possibilidade arqueológica, as idéias atuais sobre a evolução humana a proíbem.
Pessoas sensatas irão alertar para a consideração da existência de humanos anatomicamente modernos há milhões de anos com base, simplesmente, nas pegadas de Laetoli. Mas há mais evidências. Durante as últimas décadas, cientistas na África descobriram ossos fósseis que parecem consideravelmente humanos. Em 1965, Bryan Patterson e W. W. Howells acharam um úmero (osso do braço) surpreendentemente moderno em Kanapoi, Kenya. Os cientistas avaliaram sua idade em 4 milhões de anos.
Henry M. McHenry e Robert S. Corruccini, da Universidade da Califórnia, disseram que o úmero de Kanapoi era “dificilmente distingüível do osso de um Homo sapiens atual”. Similarmente, Richard Leakey disse que o fêmur ER 1481 do Lago Tukana, Kenya, achado em 1972, era indistingüível do de um humano moderno. Os cientistas normalmente associam o fêmur ER 1481, que tem cerca de 2 milhões de anos, ao pré-humano Homo habilis. Mas, desde que o ER 1481 foi achado isoladamente, não se pode descartar a possibilidade de que o resto do esqueleto fosse, também, anatomicamente moderno. De forma interessante, em 1913 o cientista alemão Hans Reck descobriu, em Olduvai Gorge, Tanzania, um esqueleto humano completo, anatomicamente moderno, em um estrato de mais de um milhão de anos, gerando décadas de controvérsias.Aqui, novamente, alguns nos alertarão para que não exagerarmos o valor de alguns poucos e controversos exemplos em contraste com a grande quantidade de evidências não controversas demonstrando que os humanos atuais evoluíram de criaturas simiescas bastante recentemente - por volta de 100.000 anos para cá, na África, e na visão de alguns, em outras partes do mundo também.Mas acontece que não esgotamos nossas fontes com as pegadas de Laetoli, o úmero de Kanapoi e o fêmur ER 1481. Pelos últimos oito anos, Richard Thompson e eu, com a assistência de nosso pesquisador Stephen Bernath, acumulamos um extenso corpo de evidências que desafia as teorias atuais sobre a evolução humana. Algumas dessas evidências, como as pegadas de Laetoli, são bem recentes. Mas boa parte delas foi registrada por cientistas no século dezenove e começo do século vinte. E, como você pode ver, nossa discussão sobre essas evidências podem constituir um livro muito grande.
Sem mesmo olhar para esse antigo conjunto de evidências, alguns assumirão que deve haver algo errado com ele - que foi convenientemente descartado há muito pelos cientistas, por razões muito boas. Richard e eu checamos bem essa possibilidade. Concluímos, no entanto, que a qualidade dessas evidências controversas não é melhor ou pior que as supostamente não controversas, usualmente citadas em favor das atuais teorias sobre a evolução humana.Mas “Arqueologia Proibida” é mais do que um bem documentado catálogo de fatos não usuais. É, também, uma crítica sociológica, filosófica e histórica ao método científico, da forma como é aplicado à questão das origens da humanidade. Não somos sociólogos, mas nossa abordagem é similar à praticada pelos adeptos da sociologia do conhecimento científico (SSK), como Steve Woolgar, Trevor Pinch, Michael Mulkay, Harry Collins, Bruno Latour, and Michael Lynch.
Cada um desses estudiosos tem uma perspectiva única da SSK, mas todos provavelmente concordariam com o seguinte enunciado programático. As conclusões dos cientistas não correspondem de forma idêntica as estados e processos de uma realidade objetiva natural. Ao invés, tais conclusões refletem os reais processos sociais dos cientistas, mais do que o que acontece na natureza/meio ambiente.A abordagem crítica que fazemos em “Arqueologia Proibida” também assemelha-se à usada pelos filósofos da ciência, como Paul Feyerabend, que afirma que a ciência alcançou uma posição por demais privilegiada no campo intelectual, e por historiadores da ciência, como J. S. Rudwick, que explorou em detalhes a natureza da controvérsia científica. Como Rudwick, em “A Grande Contovérsia Devoniana”, usamos a narrativa para apresentarmos nosso material, que engloba não uma mas muitas controvérsias - controvérsias há muito resolvidas, não resolvidas ainda e em formação. Para isso foram feitas muitas citações de fontes primárias e secundárias, e fornecidas descrições detalhadas das reviravoltas dos complexos debates paleoantropológicos. Para os que trabalham com disciplinas relacionadas com as origens da humanidade e antigüidade, “Arqueologia Proibida” provê um bem documentado compêndio de relatórios livres das muitas referências atuais, não facilmente conseguido de outra forma.Um dos últimos autores a discutir o tipo de relatório achado em “Arqueologia Proibida” foi Marcellin Boule. Em seu livro “Fossil Men” (1957), Boule traz uma conclusão decididamente negativa. Mas, ao examinar os relatórios originais, percebemos que o ceticismo de Boule não é justificado. Em “Arqueologia Proibida”, fornecemos material oriundo de fontes primárias que irão permitir aos leitores atuais formarem suas próprias opiniões sobre as evidências que Boule desacreditou. Também introduzimos vários casos que Boule deixou de mencionar.
Das evidências que colhemos, concluímos, algumas vezes em linguagem desprovida do experimentalismo ritual, que as hipóteses atualmente dominantes sobre as origens do homem necessitam de uma drástica revisão. Também concluímos que um processo de filtragem de conhecimentos deixou os estudiosos com uma coleção de fatos radicalmente prejudicada e incompleta.Antecipamos que muitos estudiosos acharão em “Arqueologia Proibida” um convite a discursos produtivos sobre (1) a natureza e tratamento das evidências no campo das origens do homem e (2) as conclusões que podem ser mais logicamente alcançadas a partir de tais evidências.
No primeiro capítulo da Parte I, pesquisamos a história e o atual estado em que se encontram as idéias sobre a evolução do homem. Também discutimos alguns dos princípios epistemológicos que usamos em nosso estudo nesse campo. Principalmente, estamos interessados em duplo padrão no tratamento das evidências. Identificamos dois principais corpos de evidências. O primeiro é um conjunto controverso (A), que demonstra a existência de humanos anatomicamente modernos no ‘não muito confortável’ passado distante. O segundo é um conjunto de evidências (B) que pode ser interpretado como comportando as atuais visões dominantes de que o homem evoluiu bem recentemente, de 100.000 anos para cá, na África, e talvez em outros lugares.Também identificamos padrões empregados na avaliação das evidências paleoantropológicas. Depois de um estudo detalhado, descobrimos que se estes padrões forem aplicados igualmente para A e B, então devemos aceitar a ambos ou rejeitar a ambos. Se aceitarmos tanto A quanto B, então temos evidências colocando humanos anatomicamente modernos vivendo há milhões de anos atrás, coexistindo com humanóides simiescos. Se rejeitarmos a ambos, eliminamos a possibilidade de usarmos a base fática disponível para formularmos qualquer hipótese sobre as origens do homem e a antiguidade. Historicamente, um significativo número de cientistas profissionais já aceitou as evidências do grupo A. Mas um grupo mais influente, que aplicou padrões mais rígidos a A do que a B, estabeleceu a rejeição de A e a preservação de B como dominante. Esse uso de padrões diferenciados para a aceitação ou rejeição de evidências constitui um filtro de conhecimentos que obscurece a verdade sobre a evolução humana. No corpo da Parte I (Capítulos 2-6), checamos a vasta quantidade de evidências controversas que contradiz as idéias correntes sobre a evolução do homem. Narramos em detalhes como elas foram sistematicamente suprimidas, ignoradas ou esquecidas, mesmo sendo qualitativamente (e quantitativamente) equivalentes às atualmente aceitas. Quando falamos em supressão de evidências, não nos referimos a cientistas conspiradores levando a cabo um plano satânico para enganar o público.
Ao contrário, falamos sobre a existência de um processo sociológico de filtragem de conhecimento que aparenta ser bem inócuo mas que tem, em verdade, um substancial efeito cumulativo. Certas categorias de evidências simplesmente desapareceram, em nossa opinião injustificadamente.O Capítulo 2 trata de ossos anormalmente antigos e conchas que exibem marcas e sinais de ruptura intencional. Até hoje, cientistas consideram tais ossos e conchas como uma importante categoria de evidências, e muitos sítios arqueológicos foram estabelecidos com base apenas nesse tipo de achado.Nas décadas posteriores à apresentação da teoria de Darwin, numerosos cientistas descobriram ossos animais quebrados ou com incisões, e conchas sugerindo que humanos que usavam ferramentas ou precursores dos humanos existiram no Pliosceno (2-5 milhões de anos atrás), no Miosceno (5-25 milhões de anos atrás), e até antes. Ao analisar os ossos e conchas, os descobridores cuidadosamente consideraram e estabeleceram explicações alternativas - como a ação de animais ou pressão geológica - antes de concluir que os humanos eram os responsáveis. Em alguns casos, ferramentas de pedra foram achadas juntamente com os ossos e conchas. Um exemplo particularmente impressionante nesta categoria é um concha exibindo uma rude, porém reconhecível, face humana esculpida em sua superfície externa. Registrada pelo ologista H. Stopes à Associação Britânica para o Avanço da Ciência em 1881, essa concha, de uma formação rochosa do Pliosceno, na Inglaterra, tem mais de 2 milhões de anos.
De acordo com os padrões aceitos, humanos capazes de tal nível de artifício não chegaram à Europa antes de 30.000 ou 40.000 antos atrás. Além disso, eles nem mesmo surgiram em seu berço, a África, antes de 100.000 anos atrás. Em relação às evidências do tipo reportado por Stopes, Armand de Quatrefages escreveu em seu livro “Hommes Fossiles et Hommes Sauvages” (1884): “As objeções feitas à existência do homem no Pliosceno e Miosceno parecem ser habitualmente mais relacionadas a considerações teóricas do que à observação direta”.
As mais rudimentares ferramentas de pedra, as eoliths (“as pedras da aurora”) são o assunto do Capítulo 3. Esses instrumentos achados em contextos geológicos inesperadamente antigos, inspiraram prolongados debates no final do século dezenove e começo do século vinte.
Para alguns, as eoliths não eram sempre facilmente reconhecíveis como ferramentas. As eoliths não tinham forma simétrica. Ao contrário, a borda de uma lasca de pedra natural era quebrada para fazê-la servir para uma determinada tarefa, como raspar, cortar ou talhar. Freqüentemente a ponta ostentava sinais do uso. Os críticos disseram que as eoliths resultaram de eventos naturais, como o rolar no fundo de rios. Mas os defensores da outra tese ofereceram contra-argumentos convincentes no sentido de que as forças naturais não poderiam causar o gasto similar ao conseguido na pedra lascada - unidirecional em apenas um lado da pedra. No final do século dezenove, Benjamin Harrison, um arqueologista amador, descobriu eoliths no Platô de Kent, no sudeste da Inglaterra. Evidências geológicas sugerem que as eoliths foram produzidas em meados ou no final do Ploisceno, por volta de 2 a 4 milhões de anos atrás. Entre os que apoiavam a tese decorrente da descoberta de Harrison estavam Alfred Russell Wallace, co-fundador com Darwin da teoria da evolução pela seleção natural; Sir John Prestwich, um dos mais eminentes geologistas ingleses; e Ray E. Lankester, um diretor do Museu Britânico (História Natural). Embora Harrison tenha descoberto a maior parte de suas eoliths em depósitos superficiais de cascalho do Pliosceno, ele também descobriu muitas em níveis mais abaixo, durante uma escavação financiada e dirigida pela Associação Britânica para o Avanço da Ciência. Além das eoliths, Harrison achou, em vários lugares no Platô de Kent, ferramentas de pedra mais avançadas (paleoliths) de antigüidade plioscênica similar.
No começo do século vinte, J. Reid Moir, um membro do Instituto Real de Antropologia e presidente da Sociedade de Pré-História da Anglia Oriental, descobriu eoliths (e ferramentas de pedra mais avançadas) na formação inglesa de Red Crag. As ferramentas tinham por volta de 2 a 2,5 milhões de anos. Algumas das ferramentas de Moir foram achadas nos leitos de detritos de Red Crag e poderiam ter entre 2,5 e 55 milhões de anos.
Os achados de Moir ganharam o apoio de um dos maiores críticos das eoliths, Henri Breuil, então considerado como uma das mais proeminentes autoridades em ferramentas de pedra antigas.
Outro patrocinador foi o paleontologista Henry Fairfield Osborn, do Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. E, em 1923, uma comissão internacional de cientistas viajou até a Inglaterra para investigar as principais descobertas de Moir e as consideraram genuínas. Mas, em 1939, A. S. Barnes publicou um artigo de muita influência, no qual analisava as eoliths descobertas por Moir e outras em termos do ângulo de quebra observado. Barnes afirmava que seu método podia distinguir entre o processo de lascar feito por humanos do produzido por forças naturais. Desde então, os cientistas têm usado o método de Barnes para negar a manufatura por homens de outras ferramentas de pedra. Mas, em anos recentes, autoridades em ferramentas de pedra, como George F. Carter, Leland W. Patterson e A. L. Bryan têm contestado a metodologia de Barnes e sua aplicação. Isso sugere a necessidade de reexame das eoliths européias. Significativamente, ferramentas de pedra muito antigas, da África, como aquelas dos níveis mais baixos de Olduvai Gorge, aparentam serem idênticas às eoliths européias rejeitadas. Ainda assim, são aceitas pela comunidade científica sem questionamentos. Isso se dá, provavelmente, porque elas se encaixam e ajudam a apoiar a teoria da evolução do homem atualmente aceita.
Mas outras manufaturas eolíticas de antigüidade inesperada continuam a encontrar forte oposição. Por exemplo, na década de 1950, Louis Leakey descobriu ferramentas de pedra de mais de 200.000 anos em Calico, nos sul da Califórnia. De acordo com a visão padrão, os humanos não penetraram nas regiões subárticas do Novo Mundo antes de aproximadamente 12.000 anos atrás. Os cientistas acabaram por responder à descoberta de Calico, previsivelmente, afirmando que, ou eram produto das forças naturais, ou não tinham realmente 200.000 anos. Mas há razões suficientes para se concluir que as descobertas de Calico são artefatos de produção genuinamente humana. Embora a maior parte das ferramentas fossem rudes, algumas, inclusive uma em forma de bico, eram mais avançadas.
No Capítulo 4, discutimos uma categoria de implementos que chamamos de paleoliths rudes. No caso das eoliths, a parte lascada localiza-se perfeitamente na borda trabalhada de um pedaço de pedra naturalmente quebrada. Mas os fabricantes dos paleoliths rudes deliberadamente golpearam as rochas, lascando, então, os pedaços até alcançar formas reconhecíveis como ferramentas. Em alguns casos, rochas inteiras foram lascadas até formarem ferramentas. Como vimos, as paleoliths brutas são encontradas juntamente com as eoliths. Mas, nos sítios discutidos no Capítulo 4, as paleoliths são dominantes no conjunto. Na categoria das paleoliths brutas, incluímos ferramentas do Miosceno (5 a 25 milhões de anos) achadas no final do século dezenove por Carlos Ribeiro, chefe do Instituto de Pesquisa Geológica de Portugal. Em uma conferência internacional de arqueologistas e antropologistas, em Portugal, um comitê de cientistas investigou um dos sítios onde Ribeiro havia achado as ferramentas. Um dos cientistas achou um peça de pedra mais avançada que os melhores espécimes de Ribeiro. Comparável às peças aceitas como do final do Pleistoceno, do tipo Mousterian, estava firmemente encravada em conglomerado do Miosceno, em circunstâncias tais que confirmavam sua antigüidade mioscênica. Paleoliths brutas também foram achadas em formações mioscênicas em Thenay, França. S. Laing, um escritor de ciências inglês, escreveu: “Em seu conjunto, a evidência desses implementos do Miosceno parece ser bastante conclusiva, e as objeções parecem não se situarem de outra forma a não ser como simples relutância em admitir a grande antigüidade do homem”.
O texto prossegue enumerando evidências da manipulação, por parte do establishment, das convicções dos homens acerca de sua própria história.
O pensamento livre, a dignidade do ser humano, a verdade, enfim, se expressou através dos signatários da DECLARAÇÃO DE VENEZA.

DECLARAÇÃO DE VENEZA


Comunicado final do Colóquio “A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento” Veneza, 7 de março de 1986.


Os participantes do colóquio “A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento”, organizado pela UNESCO, com a colaboração da Fundação Giorgio Cini (Veneza, 3-7 de março de 1986), animados pôr um espírito de abertura e de questionamento dos valores de nosso tempo, ficaram de acordo sobre os seguintes pontos:

1. Somos testemunhas de uma revolução muito importante no domínio da ciência, provocada pela ciência fundamental (em particular a física e a biologia), devido a transformação que ela traz à lógica, à epistemologia e também, através das aplicações tecnológicas, à vida de todos os dias. Mas, constatamos, ao mesmo tempo, a existência de uma importante defasagem entre a nova visão do mundo que emerge do estudo dos sistemas naturais e os valores que ainda predominam na filosofia, nas ciências do homem e na vida da sociedade moderna. Pois estes valores baseiam-se em grande parte no determinismo mecanicista, no positivismo ou no niilismo. Sentimos esta defasagem como fortemente nociva e portadora de grandes ameaças de destruição de nossa espécie.
2. O conhecimento científico, devido a seu próprio movimento interno, chegou aos limites onde pode começar o diálogo com outras formas de conhecimento. Neste sentido, reconhecendo os diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, constatamos não sua oposição mas sua complementaridade. O encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferentes tradições do mundo permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade, até mesmo num novo racionalismo, que poderia levar a uma nova perspectiva metafísica.
3. Recusando qualquer projeto globalizante, qualquer sistema fechado de pensamento, qualquer nova utopia, reconhecemos ao mesmo tempo a urgência de uma procura verdadeiramente transdisciplinar, de uma troca dinâmica entre as ciências “exatas”, as ciências “humanas”, a arte e a tradição. Pode-se dizer que este enfoque transdisciplinar está inscrito em nosso próprio cérebro, pela interação dinâmica entre seus dois hemisférios. O estudo conjunto da natureza e do imaginário, do universo e do homem, poderia assim nos aproximar mais do real e nos permitir enfrentar melhor os diferentes desafios de nossa época.
4. O ensino convencional da ciência, por uma apresentação linear dos conhecimentos, dissimula a ruptura entre a ciência contemporânea e as visões anteriores do mundo. Reconhecemos a urgência da busca de novos métodos de educação que levem em conta os avanços da ciência, que agora se harmonizam com as grandes tradições culturais, cuja preservação e estudo aprofundado parecem fundamentais. A UNESCO seria a organização apropriada para promover tais idéias.
5. Os desafios de nossa época: o desafio da autodestruição de nossa espécie, o desafio da informática, o desafio da genética, etc., mostram de uma maneira nova a responsabilidade social dos cientistas no que diz respeito à iniciativa e à aplicação da pesquisa. Se os cientistas não podem decidir sobre a aplicação da pesquisa, se não podem decidir sobre a aplicação de suas próprias descobertas, eles não devem assistir passivamente à aplicação cega destas descobertas. Em nossa opinião, a amplidão dos desafios contemporâneos exige, por um lado, a informação rigorosa e permanente da opinião pública e, por outro lado, a criação de organismos de orientação e até de decisão de natureza pluri e transdisciplinar.
6. Expressamos a esperança que a UNESCO dê prosseguimento a esta iniciativa, estimulando uma reflexão dirigida para a universalidade e a transdisciplinaridade. Agradecemos a UNESCO que tomou a iniciativa de organizar este encontro, de acordo com sua vocação de universalidade.

Agradecemos também a Fundação Giorgio Cini por ter oferecido este local privilegiado para a realização deste fórum.

Signatários:
Professor D.A. Akyeampong (Gana), físico-matemático, Universidade de Gana.
Professor Ubiratan D’Ambrosio (Brasil), matemático, coordenador geral dos Institutos, Universidade Estadual de Campinas.
Professor René Berger (Suiça), professor honorário, Universidade de Lausanne.
Professor Nicolo Dallaporta (Itália), professor honorário da Escola Internacional dos Altos Estudos em Trieste. Professor Jean Dausset (França), Prêmio Nobel de Fisiologia e de Medicina (1980), Presidente do Movimento Universal da Responsabilidade Científica (MURS França). Senhora Maîtraye Devi (Índia), poeta-escritora.
Professor Gilbert Durand (França), filósofo, fundador do Centro de pesquisa sobre o imaginário. Dr. Santiago Genovès (México), pesquisador no Instituto de pesquisa antropológica, Acadêmico titutlar da Academia nacional de medicina.
Dr. Susantha Goonatilake (Sri Lanka), pesquisador, antropologia cultural.
Prof. Avishai Margalit (Israel), filósofo, Universidade hebráica de Jerusalém.
Prof. Yujiro Nakamura (Japão), filósofo-escritor, professor na Universidade de Meiji. Dr. Basarab Nicolescu (França), físico, C.N.R.S.
Prof. David Ottoson (Suécia), Presidente do Comitê Nobel pela fisiologia ou medicina, Professor e Diretor, Departamento de Fisiologia, Instituto Karolinska.
Sr. Michel Random (França), filósofo, escritor.
Sr. Facques G. Richardson (França- Estados Unidos), escritor científico.
Prof. Abdus Salam (Paquistão), Prêmio Nobel de Física (1979), Diretor do Centro internacional de física teórica, Trieste, Itália, representado pelo Dr. L.K. Shayo (Nigéria), professor de matemáticas.
Dr. Rupert Sheldrake (Reino Unido), Ph.D. em bioquímica, Universidade de Cambridge.
Prof. Henry Stapp (Estados Unidos da América), físico, Laboratório Lawrence Berkeley, Universidade da Califórnia Berkeley.
Dr. David Suzuki (Canadá), geneticista, Universidade de British Columbia

Fonte: http://www.jornalinfinito.com.br/series.asp?cod=95

A História Mal Contada da Humanidade


O livro A História Secreta da Raça Humana, de Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, foi recentemente publicado no Brasil. É um clássico das pesquisas alternativas sobre o passado da humanidade, com propostas sustentadas por evidências que abalaram o mundo da arqueologia.
Por Gilberto Schoereder


A proposta de que o ser humano moderno se encontra na face do planeta há mais tempo do que afirma a ciência tida como "oficial" não é nova. Ela pode ser encontrada em textos antigos da Índia e de civilizações do Oriente Médio, em relatos de culturas das Américas, da África e Ásia. É uma constante em todo o planeta.

Essa idéia foi abraçada por muitos pesquisadores da linha tida como "alternativa", mas provavelmente não existe um livro mais bem fundamentado no aspecto científico do que A História Secreta da Raça Humana, de Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, lançado no Brasil pela Editora Aleph. Na verdade, este livro é uma condensação do volumoso Forbidden Archeology (Arqueologia Proibida), com mais de mil páginas, publicado originalmente nos Estados Unidos em 1993. O livro reunia um número tão grande de evidências científicas a respeito da antiguidade do ser humano no planeta que causou uma grande agitação, não apenas entre aqueles "pesquisadores alternativos", mas entre a comunidade científica de arqueólogos e historiadores. Para os autores, havia pouca dúvida de que o ser humano moderno, o homo sapiens sapiens, se encontra na superfície do planeta ha muito mais tempo do que afirma a ciência.
E o trabalho dos dois não é algo que possa ser descartado facilmente. Cremo é membro da History os Science Society, do World Archeological Congress, da Philosofy of Science Association, da European Association of Archaeologists e pesquisador de história e filosofia da ciência no Bhaktivedanta Institute. Richard L. Thompson, também associado ao Bhaktivedanta Institute, é Ph.D. em matemática pela Universidade de Cornell, e autor de livros científicos e artigos sobre biologia evolucionária.
Para saber mais sobre esses conceitos, conversamos com Michael Cremo por e-mail, falando sobre seu trabalho e a forma como a ciência tida como "convencional" ou "ortodoxa" tem sistematicamente ignorado alguns fatos sobre nosso passado.
Suas pesquisas e idéias de alguma forma prejudicaram sua vida profissional e acadêmica? Você chegou a sofrer algum tipo de perseguição?
Felizmente, a renda dos meus livros me permite conduzir minha pesquisa e outras atividades com certa independência. Assim, não estou sujeito aos tipos de pressão a que outros, com cargos formais, estão sujeitos. Por exemplo, quando Virginia Steen-McIntyre, uma geóloga norte-americana, relatou uma idade de mais de 250 mil anos para o sítio arqueológico de Hueyatlaco, no México, ela perdeu o cargo docente que tinha numa universidade nos EUA, e todas as suas oportunidades de ascensão profissional no United States Geological Survey foram bloqueadas repentinamente. Segundo a maioria dos cientistas, seres humanos capazes de produzir os artefatos de Hueyatlaco não existiam há 250 mil anos, e muito menos na América do Norte (Eles acreditam que os humanos entraram na América do Norte há no máximo 25 mil anos).
Claro que existem outros meios de pressão. Cientistas darwinistas, como Richard Leakey, tentaram caracterizar meu trabalho como “trapaça pura”. E também, há uns anos, a rede de TV NBC mostrou um programa chamado As Origens Misteriosas do Homem, que era em parte baseado em casos de meu livro Forbidden Archeology. Nos EUA, cientistas darwinistas tentaram impedir a NBC de exibir o programa e, quando fracassaram, eles tentaram fazer o governo dos EUA punir a NBC por ter mostrado o programa ao povo americano. Em alguns países, como a Hungria, os cientistas darwinistas tentaram me impedir de falar em universidades. E coisas assim têm acontecido. Mas eu considero isso normal; estou atacando uma idéia já arraigada, e é de se esperar que seus partidários tentem protegê-la.
Há muito que se fala sobre a “arqueologia proibida”, sobre objetos sendo escondidos e fatos deixados de lado para não “incomodar” a versão mais conhecida da história. No entanto, parece que ultimamente alguma coisa tem mudado nesse sentido, inclusive com as datas de alguns eventos sendo revistas. Você acha que isso está ocorrendo, de fato, ou são apenas casos isolados (na China e Índia, principalmente), e os “porões” da arqueologia continuam fechados?
Tem havido uma tendência generalizada de empurrar para trás no tempo o surgimento da espécie humana. Também há uma tendência de aumentar a idade da civilização. Mas tudo isso fica dentro de certos limites; é como rearrumar as cadeiras do convés do Titanic. Considere a idade da espécie humana. A maioria dos cientistas acredita que os humanos anatomicamente modernos evoluíram do homem-macaco Homo erectus. O Homo erectus existiu de aproximadamente 1,8 milhão de anos atrás até cerca de 300 mil anos atrás.
Até a alguns anos atrás, os mais antigos ossos humanos anatomicamente modernos eram os encontrados na caverna Border, na África do Sul, com cerca de 100 mil anos. Conseqüentemente, os cientistas têm aumentado a idade dos humanos anatomicamente modernos para uns 125 mil ou 150 mil anos, mas eles não esperariam encontrar ossos do tipo moderno remontando a mais de 300 mil anos. Assim, tem havido um progresso, mas apenas dentro dos limites das teorias atuais. Mas há muitas evidências que contradizem completamente essas teorias e recuam a história da humanidade para um passado muito distante, de centenas de milhões de anos.

Por falar em porões, fala-se muito sobre os chamados “subterrâneos” do Smithsonian – senão como um espaço físico real, como um conceito geral – em que centenas ou milhares de objetos que não se encaixariam nas versões oficiais estariam lacrados. Isso tem alguma relação com a realidade ou faz parte das lendas da arqueologia?

Existe, sim, um fundo real. Há poucos anos, eu dei umas palestras em universidades na Bélgica sobre a arqueologia proibida. Um amigo holandês me levava de carro de uma conferência para outra. Um dia, em Bruxelas, eu lhe propus que fôssemos ao Museu Real de Ciências Naturais. Eu sabia que o acervo do museu teria uns artefatos de 30 milhões de anos, descobertos no começo do século 20 pelo geólogo belga A. Rutot. Mas quando perguntamos sobre as peças a alguns funcionários do museu, eles responderam que não as tinham e nem sabiam delas.
Mais tarde, no local onde eu estava hospedado, pedi a meu amigo que começasse a telefonar individualmente para cientistas do museu. Finalmente, ele encontrou um arqueólogo que sabia da coleção, a qual, claro, não era mostrada ao público. Fomos ao museu, e o arqueólogo nos levou a um dos depósitos do prédio. De fato, a situação lembrou muito aquela cena de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida quando eles entram nos depósitos do Smithsonian, e ainda com direito a fechaduras com leitura de cartão e teclados para senhas. E lá estavam elas: centenas de ferramentas de 30 milhões de anos, que Rutot tinha encontrado em uma localidade chamada Boncelles.
Eu tenho experiências similares em outros museus. No Museu de Geologia de Lisboa, eu tive condições de destrancar armários que continham artefatos humanos encontrados por Carlos Ribeiro em formações com 20 milhões de anos. No Museu de Antropologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, fui levado a um armazém, que fica a alguns quilômetros do museu, onde estão guardados artefatos de 50 milhões de anos, vindos das minas de ouro da Califórnia. Portanto, não se trata de lenda.
Você diz que não se refere a “cientistas conspiradores executando um plano diabólico para enganar o público”, ao se referir à sistemática supressão de evidências sobre a antiguidade do homem. Existiria uma razão não tão visível para esse receio em afirmar a antiguidade da civilização humana no planeta? Por que tantos cientistas adotam essa postura? Seria o medo de perder o emprego ou o status? Não é possível que, de fato, exista alguma atividade um pouco mais elaborada no sentido de não revelar certos conhecimentos, seja por que razão? Mais que isso, você mesmo citou, em seu livro, o caso de um cientista que foi afastado de seu cargo devido a uma dessas descobertas que não se “encaixam” na história aceita. Esse caso certamente não é o único, uma vez que estamos sempre ouvindo falar sobre isso, com cientistas antes respeitadíssimos sendo desacreditados e, de uma hora para outra, passando a fazer parte dos “loucos”. Como entender essa situação?
Tudo isso faz parte do que eu chamo de processo de filtragem do conhecimento. Por que isso ocorre? Em certo sentido, é simplesmente pela natureza humana. Por exemplo: se eu amo alguém, então não quero ouvir coisas ruins sobre essa pessoa, coisas que contradigam a impressão que eu tenho dela. Da mesma forma, os cientistas de hoje estão apaixonados pela explicação evolucionista darwiniana da origem do homem, e é muito natural que eles não queiram tomar conhecimento de evidências que contradigam radicalmente a teoria. Eles pressupõem que deve haver algo de errado com a evidência, mesmo que não saibam dizer exatamente qual é o problema.
Mas há um motivo mais profundo para o processo de filtragem do conhecimento, e que envolve o poder. Há vários tipos de poder no mundo – poder militar, político, econômico – e também o poder intelectual. É um poder muito sutil, mas muito real. Aqueles que o detém podem determinar uma direção para toda a civilização humana. Eis como funciona: as metas que definimos para nós, individual e coletivamente, são determinadas pelas respostas que damos às perguntas fundamentais “quem sou eu?” e “de onde venho?”. Nos últimos cem anos, os cientistas darwinistas, através do monopólio que exercem no sistema de ensino da maior parte do mundo, têm o poder de nos ditar as respostas a essas perguntas fundamentais.
E as respostas que eles nos deram são bastante materialistas. Nós somos meramente outro tipo de macaco. Somos apenas uma combinação de substâncias químicas. Assim, não é surpresa que toda a humanidade civilizada do mundo tenha ficado muito materialista. Hoje, a maioria dos seres humanos está envolvida quase exclusivamente no processo de produzir e consumir mais e mais coisas materiais. Mesmo que as pessoas formalmente acreditem em Deus, suas atividades observáveis ainda são limitadas à produção e consumo de mais e mais coisas materiais, embora elas possam orar para que Deus as ajude nas atividades de produção e consumo materiais.
Esse enfoque beneficia muitos interesses poderosos. Cientistas obtêm bilhões de dólares para pesquisas que levam à produção de mais e mais coisas materiais. O sistema de ensino se beneficia desse dinheiro. A economia se beneficia com todo o dinheiro gerado, assim como o sistema político. Portanto, há interesses muito poderosos que querem manter a consciência humana o mais absorvida possível pela produção e consumo materiais. E tudo começa com a ciência, que nos diz que somos simplesmente macacos evoluídos, ou seres materiais com interesses materiais.
Mas como seria se o sistema educacional promovesse uma visão de mundo alternativa, que nos dissesse que somos seres espirituais e que deveríamos – em vez de nos centramos completamente no desenvolvimento de recursos materiais – investir uma parte significativa de nossa energia humana em desenvolver os recursos da consciência?
Isso diminuiria a energia que hoje vai para a produção e o consumo materiais, o que causaria uma diminuição na atividade econômica, uma queda na renda de grupos de interesse poderosos, e uma redução da influência e poder deles. Esse é o motivo fundamental da resistência dos cientistas contra as provas arqueológicas de uma extrema antigüidade humana. Essas evidências significam que precisamos de uma nova explicação para a questão das origens do homem e novas respostas para as perguntas “quem sou” e “de onde vim”. E os cientistas de hoje percebem, intuitivamente, que tais novas respostas ameaçam a própria fonte do poder e influência que eles detêm.
Não são poucas as pessoas que se referem à ciência, em geral, como a “religião moderna”, com direito a seus dogmas, hierarquias sacerdotais, inquisições, index de obras e autores proibidos, etc. Você entende que esse pensamento de certa forma pode ser alimentado por essa postura de se colocar contra as evidências?
Na verdade, a maioria das pessoas no mundo não aceita os dogmas da nova religião da ciência. Entre as crenças proibidas estão os UFOs, a abdução por alienígenas, os fenômenos paranormais, a existência de um ser consciente supremo como uma fonte inteligente de criação no universo, etc. Mesmo em nações consideradas altamente desenvolvidas, como os EUA, a maioria não aceita a teoria darwinista da evolução. Eles acreditam em UFOs e fenômenos paranormais, e alegam ter tido experiências com essas coisas. Em 1990, o instituto Gallup de pesquisas de opinião apresentou a norte-americanos uma lista de 18 fenômenos paranormais. Apenas 7 por cento rejeitaram todos, e 50 por cento declararam acreditar em cinco ou mais. (1)
Até mesmo muitos cientistas rejeitam os dogmas materialistas da ciência moderna. Eu já conheci muitos cientistas no mundo todo que, à primeira vista, parecem ser bastante ortodoxos, mas que na verdade têm outras idéias e interesses. Por exemplo, certa vez eu dei uma conferência sobre a história oculta da física em uma universidade de ciência em Budapeste, Hungria. Havia na platéia uns cem professores e estudantes de física. Contei as histórias de muitos físicos famosos que tinham se ocupado de pesquisas sobre o paranormal e fiquei imaginando o que os ouvintes diriam. Na saída da palestra, um dos professores me disse que, de dia, ele fazia física de plasma, mas à noite conduzia experiências com telepatia. E acrescentou que não contava isso aos colegas porque eles não entenderiam, mas que se sentia seguro ao falar comigo.
Cientistas também estão formando suas próprias organizações independentes de pesquisa, para conduzir estudos fora do âmbito das instituições científicas normais. São organizações como a Scientific and Medical Network, no Reino Unido, o Institute for Noetic Sciences, nos EUA (fundado por um astronauta norte-americano), a Society for Scientific Exploration e muitas outras mundo afora.
Assim, penso que a situação em que uma elite científica impõe um sistema de dogmas materialistas à população – cuja maioria de fato não aceita esses dogmas – não pode continuar por muito tempo, especialmente quando muitos dos próprios cientistas mantêm secretamente outros pontos de vista e outros, ainda, organizam abertamente organizações alternativas de pesquisa.
Você chegou a realizar algum tipo de pesquisa envolvendo outros artefatos e obras arquitetônicas – provavelmente não tão antigas quanto as que foram o centro do seu trabalho e de Richard Thompson no livro A História Secreta da Raça Humana – como Tiahuanaco as pilhas de Bagdá, as estatuetas de Acambara, no México, as Pedras de Ica, no Peru, as peças de Morona-Santiago, no Equador e outras?
Muitos pesquisadores entendem que essas peças e construções passam pelo mesmo processo de “não aceitação das evidências”. Em alguns desses locais afirma-se que foram encontrados objetos que supostamente representam animais pré-históricos com os quais se diz, oficialmente, que o ser humano não conviveu. Diz-se, inclusive, que em Tiahuanaco existem representações gráficas de toxodontes, animais que você também cita em seu livro.
Minha pesquisa principal focalizou a questão da antigüidade da espécie humana anatomicamente moderna. A maioria dos cientistas acredita que os humanos do nosso tipo começaram a existir há cerca de 100 mil anos, e tenho procurado provas de que os humanos existam há muito mais tempo. As pedras peruanas de Ica poderiam apoiar essa idéia; elas estão gravadas com desenhos de humanos coexistindo com dinossauros.
De acordo com as teorias atuais, os dinossauros foram extintos há aproximadamente 60 milhões de anos. Uma interpretação das pedras é de que elas têm, de fato, aquela idade, e foram elaboradas por humanos que viveram no tempo dos dinossauros. Porém, o dr. Cabrera, descobridor original das pedras, não revelou os locais exatos dos achados, o que me torna impossível formar qualquer opinião científica sobre sua verdadeira idade. Tenho uma mente aberta quanto a essa questão, mas eu precisaria de mais informação antes de me sentir confiante para apresentar o caso a um público científico.
Embora o meu interesse principal seja a antigüidade do homem, também estou interessado na antigüidade da civilização. De acordo com a maioria dos historiadores, a civilização surgiu dentro dos últimos dez mil anos. Antes disso, os seres humanos eram essencialmente caçadores-coletores. Assim, evidências de que a civilização existia havia mais tempo são uma questão interessante. E eu acompanho com interesse o trabalho, por exemplo, daqueles arqueólogos que estão mostrando que Tiahuanaco já existia há dez mil anos. Estou fazendo uma pesquisa própria sobre essa questão na Índia. Lá há complexos de templos que, de acordo com a lenda local e histórias em sânscrito, têm muito mais do que dez mil anos. Tenho investigado a história de alguns desses lugares, como o templo religioso em Shri Rangam, no sul da Índia.
Você se referiu ao Instituto Bhaktivedanta e aos estudos da relação entre a ciência moderna e a cosmovisão expressa na literatura védica indiana. Você entende que as datações utilizadas em antigos textos védicos – e também em textos sumérios, babilônicos e assírios – podem estar próximos da verdade? É possível que tenha existido uma ou mais civilizações extremamente desenvolvidas num passado longínquo do planeta?
Partindo-se desse pressuposto, até que ponto as antigas escrituras podem estar corretas? Podemos entender de forma literal as referências a confrontos globais entre duas grandes civilizações e a existência de aparelhos voadores como os vimanas?
Todo o meu programa de pesquisa sobre a antigüidade da espécie humana foi inspirado pelos antigos escritos em sânscrito que dizem que os humanos estavam presentes desde o início da história da vida na Terra. No momento, para a ciência estabelecida, a mais antiga evidência fóssil não contestada da vida na Terra tem cerca de dois bilhões de anos. E os escritos deixados pela maioria das civilizações mundiais antigas dizem o mesmo. Assim, supus que, se houvesse alguma verdade nesses antigos manuscritos, alguma evidência física deveria existir. Não encontrei nada sobre isso nos compêndios modernos de arqueologia, mas quando examinei artigos científicos originais escritos nos últimos 150 anos, encontrei uma quantidade muito grande de descobertas de evidências de uma antigüidade humana extrema, remontando a até uns dois bilhões de anos.
Além disso, dizem os cientistas modernos que seis eventos de extinção generalizada de espécies ocorreram na história da vida na Terra. E, de acordo com os antigos manuscritos sânscritos, houve seis grandes devastações, e após cada uma delas a Terra teve de ser repovoada. Assim, acredito que há boas razões para pensar que a escala de tempo nos textos em sânscrito e em outros textos igualmente antigos está geralmente correta. Quanto a mim, pude entender que há vários modos de entender a verdade sobre o passado. O meu caminho para o conhecimento me levou a depositar alguma confiança nos próprios escritos antigos. Mas penso que, para aqueles que não têm a mesma confiança, provas arqueológicas da extrema antigüidade humana podem ser esclarecedoras. Tais pessoas talvez se convençam de que existem evidências concretas que sustentam a idéia da extrema antigüidade da humanidade que é mencionada nesses escritos.
E talvez também haja provas que apóiem a existência de veículos voadores, e de outros objetos e eventos mencionados nos escritos. E tais pessoas procurarão ativamente essas provas, e poderão gradualmente se convencer de que os escritos são uma fonte hábil de conhecimento sobre o passado. E a partir daí, elas poderiam levar a sério outras informações nas escrituras antigas, sobre como transcender todo este nível de realidade onde estamos enredados hoje através de processos como ioga e meditação.
Desde a publicação de seu livro a postura que vocês adotaram encontrou mais adeptos, mais cientistas dispostos a rever seus pontos de vista, ou pouca coisa mudou?
Acredito que a maior mudança foi na disposição dos cientistas de ouvir um novo ponto de vista. Se for para as idéias mudarem, primeiro os cientistas têm que estar dispostos a escutar. Assim, de uns anos para cá, eu fui convidado a apresentar minhas idéias na Academia Russa de Ciências em Moscou, na Royal Institution em Londres, e em muitas instituições científicas, universidades e eventos pelo mundo todo. Trata-se de um sinal importante de mudança, que mostra que muitos cientistas agora estão dispostos a pelo menos considerar a possibilidade de mudar suas idéias. Alguns deles – uma quantidade pequena, para ser franco – mudaram suas idéias. Mas é assim que as coisas começam.
Porém, caso não houvesse nenhum sinal de esperança e ninguém reconsiderasse sua opinião, mesmo assim eu continuaria meu trabalho.


Para Saber Mais:

Michael A. Cremo
http://www.mcremo.com/


A História Secreta da Raça Humana

Michael A. Cremo e Richard L. Thompson
Editora Aleph
Tel: (11) 3743-3202
http://www.editoraalephnet.com.br/


Fonte:
http://www.revistasextosentido.net/news/a-historia-mal-contada-da-humanidade/
Arqueologia Proibida
(Matéria Forbidden Archeology traduzida por Leandro com trechos compilados do livro A História Secreta da Raça Humana, para o site Mistérios Antigos – Os antigos habitantes da Terra)
http://misteriosantigos.50webs.come-mail: misteriosantigos@uol.com.br
http://heiwaki.wordpress.com/category/arqueologia-proibida-a-historia-secreta-da-raca-humana/


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