EXILADOS DE CAPELA
Dentre os vários contingentes de
exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais vivo em nossa
memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente, é o dos exilados
provenientes do sistema de Capela.
Conforme nos relata Ramatis em "Mensagens do Astral",
obra psicografada por Hercílio Maes, "...temos à disposição em nosso
mundo, literatura mediúnica que cita muitos casos de espíritos expulsos
de outros orbes para a Terra, em fases de seleção entre o "trigo e o
joio" ou entre os "lobos e as ovelhas", fases essas pelas quais tereis
em breve de passar, para higienização do vosso ambiente degradado.
Entre os muitos casos de exílio
que vosso mundo tem acolhido, ocorreram diversos casos isoladamente (em
pequenos contingentes), e bem como emigrações em massa, como a
proveniente do sistema de Capela, as quais constituíram no vosso mundo
as civilizações dos chineses, hindus, hebraicos e egípcios, e ainda o
tronco formativo dos árias. Esse o motivo por que, ao mesmo tempo em que
floresciam civilizações faustosas e se revelavam elevados conhecimentos
de ciência e arte, desenvolvidos pelos exilados, os espíritos originais
da Terra mourejavam sob o primitivismo de tribos acanhadas.
Ombreando com o barro amassado,
das cabanas rudimentares do homem terrícola, foram-se erguendo palácios,
templos e túmulos faustosos, comprovando um conhecimento e poder
evocado pelos exilados de outros planetas."
"No vosso mundo, esses enxotados
de um paraíso planetário constituíram o tronco dos árias, descendendo
dele os celtas, latinos, gregos e alguns ramos eslavos e germânicos;
outros formaram a civilização épica dos hindus, predominando o gênero de
castas que identificava a soberbia e o orgulho de um tipo psicológico
exilado. As mentalidades mais avançadas constituíram a civilização
egípcia, retratando na pedra viva a sua "Bíblia" suntuosa, enquanto a
safra dos remanescentes, inquietos, indolentes e egocêntricos, no orbe
original, fixou-se na Terra na figura do povo de Israel.
Certa parte desses exilados
propendeu para os primórdios da civilização chinesa, onde retrataram os
exóticos costumes das corporações frias, impiedosas e impassivas do
astral inferior, muito conhecidas como os "dragões" e as "serpentes
vermelhas".
Segundo Edgar Armond na obra "Os Exilados da Capela",
"esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas
categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo
lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção
natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o
Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones,
componentes das raças primitivas das quais os "primatas" foram o tipo
anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres exilados
da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos
referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a
portentosa, inconcebível e infinita criação universal."
"Esses milhões de ádvenas para
aqui transferidos, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de
entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foi o
elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para
novos campos de atividade construtiva, para o aconchego da vida social
e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do
conhecimento de uma divindade criadora."
"Essa permuta de populações
entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas
diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de
caráter seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais
da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos
oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços
evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes
mundos."
"Por outro lado é a misericórdia
divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a
permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para
todos os seres da criação. Os escolhidos, neste caso, foram os
habitantes de Capela que deviam ser dali expurgados por terem se tornado
incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela
evoluída humanidade daquele orbe."
"Mestres, condutores e líderes
que então se tornaram das tribos primitivas, foram eles, os exilados,
que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem
completo êxito."
Vamos prosseguir neste tópico com informações trazidas por Emmanuel em "A Caminho da Luz", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier,
as quais nos proporcionam uma rápida idéia de como e em que regiões do
planeta foram organizados os exilados provenientes de Capela.
O Sistema de Capela
Nos mapas zodiacais, que os
astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada
uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o
nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais
vizinhos, Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e,
se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à
vista desarmada.
Na abóbada celeste está situada
no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e
Lince; e quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis, Perseu e Tauro.
Na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua
família de mundos, cantando as glórias do Ilimitado. A sua luz gasta
cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse
modo, a regular distância existente entre Capela e o nosso planeta, já
que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000
quilômetros por segundo.
Quase todos os mundos que lhe
são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as
condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as
vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua
existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros,
desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco
realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz
orgulho.
Um Mundo em Transições
Há muitos milênios, um dos orbes
da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira
a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As
lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora
acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX,
neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de Espíritos
rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a
consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e
virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela
humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos
seus elevados trabalhos.
As grandes comunidades
espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas
entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua,
onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu
ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando,
simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Espíritos Exilados na Terra
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e
compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da
consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no
esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta
que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua
misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas
santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e
prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e
aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante
os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na
face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos
milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças
ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos
distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas
trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa
misericórdia.
A Civilização Egípcia
Dentre os Espíritos degredados
na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se
destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.
Aliás, importa considerar que
eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça
Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no
íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante.
Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para
regressar, um dia, aos seus penates (deuses do lar entre os romanos e
etruscos - Derivação:sentido figurado. casas paternas; lares, famílias)
resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as
suas organizações religiosas.
Em nenhuma civilização da Terra o
culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a
ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos
mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais
belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do
antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta.
Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos,
todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
A Ciência Secreta
Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução não comportava.
Aqueles grandes mestres da
antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas
tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos,
mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus
mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo
dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado
no problema da iniciação.
A própria Grécia, que aí buscou a
alma de suas concepções cheias de poesia e beleza, através da
iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não
recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as
iniciações no Egito se revestiam de experiências terríveis para o
candidato à ciência da vida e da morte - fatos esses que, entre os
gregos eram motivos de festas inesquecíveis.
Os sábios egípcios conheciam
perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais
naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas
lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas
recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a
Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios
iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente
dos sábios daquele tempo.
O Politeísmo Simbólico
Nos círculos esotéricos, onde
pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se
da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e
Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a
função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis
físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas
experiências pregressas.
Desse ambiente reservado de
ensinamentos ocultos, partiu, então, a idéia politeísta dos numerosos
deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da
Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes
festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam
essa franqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as
com as expressões exotéricas de suas lições sublimadas.
Dessa idéia de homenagear as
forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as
para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a
mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos
pastores, em contato permanente com a Natureza.
O Culto da Morte e a Metempsicose
Um dos traços essenciais desse
grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte. A sua
vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos
estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.
Era natural. O grande povo dos
faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura
do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na
lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a
alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por
determinação punitiva dos deuses. a metempsicose era o fruto da sua
amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no
ambiente terrestre.
Inventou-se, desse modo, uma
série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à
pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que
símbolos das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.
Os Egípcios e as Ciências psíquicas
As ciências psíquicas da
atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e
a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos
eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas
artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num
grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do
seu duplo espiritual.
Os papiros nos falam de suas
avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos
modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo
espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.
Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao
magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses
conhecimentos nasceram os processo de mumificação dos corpos, cujas
fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.
Seus reis estavam tocados do
mais alto grau de iniciação enfeixando nas mãos todos os poderes
espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua
desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no
sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse
amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o
ambiente dos túmulos era santificado por estranho magnetismo. Os
grandes diretores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações,
eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.
As Pirâmides
A assistência carinhosa do
Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral.
Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações,
que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da
posteridade de todos os séculos.
Aquelas almas exiladas, que as
mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram,
em tempo, que o seu degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados
pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das
grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as
futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas
finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de
estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os
pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que
vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais
singulares profecias em face das obscuridade do porvir.
Levantaram-se, dessarte
(advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes
construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia,
não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço
hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e
impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam
os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos
estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos,
encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre.
Cada medida tem a sua expressão
simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente
a cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma
explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e
à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que
atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode
calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância
aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo
terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos
equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente
agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.
Redenção
Depois dessa edificação
extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano
espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos
ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos
templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes
de Mênfis.
Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga.
Em algumas centenas de anos,
reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a
sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa,
então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos
sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas
grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas
hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao
seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para
desempenho de generosas e abençoadas missões.
A Índia
Dos Espíritos degredados no
ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges foram os
primeiros a formar os pródromos (Uso: formal: o que antecede a (algo);
precursor, prenúncio, antecedente - Ex.: os p. da revolução - 2 espécie
de prefácio; introdução, preâmbulo) de uma sociedade organizada, cujos
núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das
coletividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à
própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos
israelitas (sempre sofreram as conseqüências nefastas do orgulho e do
exclusivismo), de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis como
as de Abraão e Moisés.
As almas exiladas naquela parte
do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, cuja palavra
de amor e de cuja figura luminosa guardavam as mais comovedoras
recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas
as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como
provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas
tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir,
salientando-se que também as suas escolas de pensamento guardavam os
mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.
- O povo hindu não aproveitou
como devia as experiências sagradas no orbe terrestre, embora grandes
emissários como CRISNA e BUDA tenham sido mandados em sua ajuda - Muitos
destes encontram-se ainda hoje em sua jornada de redenção no globo
terrestre.
Os Arianos
Era na Índia de então que se
reuniam os arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as
lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de
sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da
Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico.
A realidade, porém, qual já
vimos, é que, como os egípcios e os hindus eram um dos ramos da massa de
proscritos da Capela, exilados no planeta. Deles descendem todos os
povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem um dos mais
agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento
moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que
se organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos
terrestres, tanto que todas as línguas das raças brancas guardam as mais
estreitas afinidades com o sânscrito, originário de sua formação e que
constituía uma reminiscência da sua existência pregressa, em outros
planos.
Os Mahatmas
Da região do Ganges partiram
todos os elementos irresignados com a situação humilhante que o degredo
na Terra lhes infligia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção de
vida nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento
de sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas,
as almas resignadas e crentes nos poderes espirituais que as
conduziriam de novo às magnificências dos seus paraísos perdidos e
distantes.
Os cânticos dos Vedas são bem
uma glorificação da fé e da esperança, em face da Majestade Suprema do
Senhor do Universo. A faculdade de tolerar, e esperar, aflorou no
sentimento coletivo das multidões, que suportaram heroicamente todas as
dores e aguardaram o momento sublime da redenção.
Os "mahatmas" (grandes almas)
criaram um ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que,
ainda hoje, nenhum estrangeiro visita a terra sagrada da Índia sem de lá
trazer as mais profundas impressões acerca de sua atmosfera psíquica.
Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor, de esperança e
de estoicismo resignado, salientando-se que quase todos os grandes
vultos do passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo,
deles aprenderam as lições mais sublimes.
Irmãos de Órion - Transmigrações Interplanetárias
Segundo pesquisadores, muitos de
nós somos esses exilados tentando recuperar o tempo perdido, portanto
caminhemos juntos sempre com a intenção de avanço, mas não só para o
nosso progresso, mas para o de todas as civilizações.
Paz e Luz nessa caminhada!
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